O ambientalista e candidato a deputado estadual, Felipe Gomes (PDT), deixou o Juizado Especial Criminal na noite desta segunda-feira (5/9). Ele foi preso pela Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) após discutir com o governador Romeu Zema (Novo), nesta manhã, no Barreiro, em Belo Horizonte.
Na saída da unidade policial, Felipe acusou a PM de tê-lo deixado por cerca de quatro horas dentro de uma viatura, sem poder se comunicar com sua família. Ele também disse que as gravações da discussão foram apagadas de seu gravador.
“Os arquivos estavam no gravador. Estava tudo registrado em áudio e entregaram o gravador apagado. Por que será que a polícia apagou o arquivo da manifestação?”, questionou.
“O boletim de ocorrência que os policiais fizeram é totalmente diferente do que vocês vão ver nos vídeos. Eles quebraram meu megafone, me deixaram por cerca de quatro horas algemado dentro de uma viatura. Eu o tempo inteiro pedindo para ligar para minhas advogadas, não permitiram”, completou.
Gomes foi aplaudido por amigos e familiares que estavam presentes na delegacia. Dentro da viatura, ele só pensava que não estava sozinho. “Não nos calarão de forma nenhuma.”
Candidato contesta versão da PM
O ambientalista afirmou que os policiais o acusaram de os terem agredido. “Inclusive no boletim de ocorrência consta que eles só não foram atendidos pelo cirurgião porque não tinha cirurgião na UPA. Queria ver eu agredindo cinco policiais.”
Ele rebateu a versão de que o policial teria o abordado com ‘toda a delicadeza’ pedindo o megafone.
“Vocês viram a delicadeza que ele até quebrou”, afirma enquanto mostra o objeto. “Que isso sirva para chamar mais atenção para a Serra do Curral, que é o que a gente precisa”, conclui.
Segundo o BO, Gomes foi detido por desacato, agressão, desobediência e resistência à prisão.
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