Jornal Estado de Minas

ELEIÇÕES 2022

Bolsonaro pede ao TSE para barrar vídeo de Lula sobre compra de imóveis

A equipe jurídica do presidente Jair Bolsonaro (PL) solicitou uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para barrar o vídeo utilizado pela campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que enfatiza a compra de uma série de imóveis em dinheiro vivo, pela família do chefe do Executivo.





Conforme informado pelo jornal O Globo, o time de Bolsonaro entrou com a ação nessa segunda-feira (5/9). O pedido alega que o vídeo dissemina "discurso de ódio" com o "indisfarçado propósito" de "erodir" a candidatura de Bolsonaro. 

A equipe do presidente ainda declarou que a campanha utiliza "mecanismos sofisticados de indução de pensamentos negativos", degrada a "boa imagem" de Bolsonaro e tenta imputar a "sensação de que ele e seus filhos são agentes políticos desonestos", "podendo produzir nefasto efeito multiplicador na rede mundial de computadores".

O PT utiliza do caso como estratégia para contestar o discurso de anticorrupção do presidente.

Compra de imóveis 

A informação sobre a compra de imóveis em dinheiro vivo foi levantada pelo UOL e divulgada na última terça-feira (30/8). Conforme as informações, quase metade do patrimônio em imóveis do presidente e de seus familiares mais próximos foi construída nas últimas três décadas com uso de dinheiro em espécie. 




Na campanha, o PT chama o caso de "escândalo tamanho família". "Mansão de 20 mil metros quadrados no interior de São Paulo; mansão no Rio de Janeiro; mansão de 6 milhões em Brasília. Esses são apenas 3 dos 107 imóveis comprados pela família Bolsonaro desde sua entrada na política", expõe o vídeo.

"A investigação da imprensa revelou outro escândalo: 51 desses imóveis foram pagos em dinheiro vivo, no valor atualizado de 25 milhões. De onde vem tanto dinheiro vivo da família Bolsonaro? É um escândalo tamanho família", finaliza.
A ação pede a imediata retirada do vídeo, além da proibição de sua retransmissão "por quaisquer meios de propaganda eleitoral". O caso está sob a relatoria da ministra Cármen Lúcia.