A equipe jurídica do presidente Jair Bolsonaro (PL) solicitou uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para barrar o vídeo utilizado pela campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que enfatiza a compra de uma série de imóveis em dinheiro vivo, pela família do chefe do Executivo.
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Pesquisa Ipec: Bolsonaro oscila para baixo entre evangélicos e mulheres; Lula avança entre mais pobres'Pistola na bolsa ou Lei Maria da Penha': 82% das mulheres rechaçam se armar como sugere Bolsonaro, indica pesquisaBolsonaro sobe o tom a cada 7 de setembro; o que virá agora?Zema: 'Governo Bolsonaro pode ter corrupção? Pode. Mas em escala menor' Bolsonaro para Amanda Klein: 'Você quer me rotular de corrupto?'Bandeira em varanda e janela pode gerar multa e problemas em condomíniosBolsonaro sobre imóveis da família: 'Que rachadinha milionária é essa?'A equipe do presidente ainda declarou que a campanha utiliza "mecanismos sofisticados de indução de pensamentos negativos", degrada a "boa imagem" de Bolsonaro e tenta imputar a "sensação de que ele e seus filhos são agentes políticos desonestos", "podendo produzir nefasto efeito multiplicador na rede mundial de computadores".
O PT utiliza do caso como estratégia para contestar o discurso de anticorrupção do presidente.
Compra de imóveis
A informação sobre a compra de imóveis em dinheiro vivo foi levantada pelo UOL e divulgada na última terça-feira (30/8). Conforme as informações, quase metade do patrimônio em imóveis do presidente e de seus familiares mais próximos foi construída nas últimas três décadas com uso de dinheiro em espécie.
Na campanha, o PT chama o caso de "escândalo tamanho família". "Mansão de 20 mil metros quadrados no interior de São Paulo; mansão no Rio de Janeiro; mansão de 6 milhões em Brasília. Esses são apenas 3 dos 107 imóveis comprados pela família Bolsonaro desde sua entrada na política", expõe o vídeo.
"A investigação da imprensa revelou outro escândalo: 51 desses imóveis foram pagos em dinheiro vivo, no valor atualizado de 25 milhões. De onde vem tanto dinheiro vivo da família Bolsonaro? É um escândalo tamanho família", finaliza.
A ação pede a imediata retirada do vídeo, além da proibição de sua retransmissão "por quaisquer meios de propaganda eleitoral". O caso está sob a relatoria da ministra Cármen Lúcia.