Candidato do PCO ao Senado por Minas Gerais nas eleições de 2022, Naomi Coura de Almeida (PCO-MG) defende a extinção da câmara alta do Congresso Nacional. Em entrevista ao Estado de Minas nesta terça-feira (06/09), Naomi afirma que a operação da Câmara dos Deputados é suficiente.
"A gente quer uma reforma política muito profunda. Então, a gente tem um programa de reformas políticas que envolve muitas mudanças. A gente acha que o Senado tem que ser extinto e que a gente deve ter apenas a Câmara de Deputados", disse, durante o
EM Entrevista.
Também segundo Naomi, o Senado "não representa a população" é um impeditivo ao avanço das leis. "Ele é um poder que ele está aí para impedir que as leis avancem. Ele é uma instituição muito conservadora e não é uma instituição democrática".
"O senador não representa o povo, o senador representa o Estado. Então, quando a gente apresenta nossa candidatura para o Senado, contra o Senado, a gente está buscando exatamente aquele eleitor que não concorda com esse sistema político", completou.
Também contra o STF
Outra instituição que Naomi é contrário é ao Supremo Tribunal Federal (STF). "A gente também é a favor da extinção do STF, que é uma instituição que atua acima da Constituição, que muda a lei constantemente. Então, a gente não tem, no Brasil a gente não tem uma segurança jurídica, porque o STF a todo momento está alterando a Constituição, passando por cima da lei".
"Cada jurisdição você tem que ter uma eleição para aqueles juízes, e a Corte de terceiro grau, no caso o Supremo Tribunal Federal, ele também tem que ser eleito. Ele não pode ser essa coisa que parece uma monarquia, que os juízes do Supremo fazem o que querem, e ninguém tem como peitar eles, nem os senadores, nem os presidentes conseguem enfrentar esse poder", também disse.
Apoio ao Kalil
Apesar de afirmar seu apoio ao Lula (PT), Naomi não concorda com a aliança entre o ex-presidente e Alexandre Kalil (PSD) no pleito ao governo estadual. "Nós apoiamos o Lula porque ele é um candidato trabalhador, um candidato da classe operária. Ele surgiu nos movimentos grevistas de 1979, ele é sindicalista e representa a classe operária. Em alguns estados, inclusive a gente apoia deputados do PT que são da classe operária. Mas apoiar o Kalil já seria uma coisa muito absurda porque ele é um candidato da burguesia".
"Ele entrou no PSD que é o novo PSDB de Minas. Depois do escândalo do Aécio Neves, quem sobrou do PSDB fugiu para o PSD. Onde tem uma figura como o Anastasia, que foi quem fez o Choque de Gestão em Minas, uma política completamente contra os trabalhadores. Então não tem como se aliar nesse tipo de aliança", arrebatou o candidato ao Senado.
Eleições 2022
Alexandre Silveira (PSD),
Cleitinho (PSC),
Marcelo Aro (PP), Bruno Miranda (PDT), Dirlene Marques (PSTU), Irani Gomes (PRTB), Pastor Altamiro Alves (PTB) e Sara Azevedo (Psol) também disputam o posto de senador por Minas.
As eleições deste ano acontecem em 2 de outubro. Caso necessário, o segundo turno ocorrerá no dia 30 do mesmo mês.