Jornal Estado de Minas

ELEIÇÕES 2022

Ameaçado de morte, Haddad cancela agenda de campanha

O candidato ao governo de São Paulo pelo PT, Fernando Haddad, precisou cancelar a viagem, que aconteceria neste feriado de 7 de setembro, a Presidente Prudente, no interior do estado, após tomar conhecimento de ameaças a sua vida.





A informação foi divulgada, em nota, pela campanha do petista na tarde desta terça-feira (6/9).


De acordo com a coordenação da campanha, existiam "ameaças explícitas à passagem do candidato na cidade". 

As ameaças, ainda segundo a nota enviada para imprensa, foram veiculadas por meio de grupos de WhatsApp. 

A campanha do ex-prefeito de São Paulo registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil e enviou um ofício ao 18º Batalhão da PM de Presidente Prudente.

ATOS BOLSONARISTAS


O presidente Jair Bolsonaro (PL) vem convocando apoiadores para diversos atos no feriado da Independência. A mobilização preocupa a campanha petista, que afirmou se tratar de um "chamamento público por parte de adversários deste candidato para que se manifestem publicamente".





No ofício à PM, o PT também afirma temer pela segurança de Haddad e de outros membros do partido diante do "lamentável histórico de violência que permeou nossa política nos últimos anos".

OUTRO CANCELAMENTO


Haddad também não foi a uma caminhada em Diadema, na região metropolitana de São Paulo, marcada para a tarde desta terça (6). O candidato alegou indisposição e recebeu orientações médicas para repousar durante o dia.

O petista lidera a última pesquisa Datafolha no estado, com 35% das intenções de voto -à frente de Tarcisio de Freitas (Republicanos) e Rodrigo Garcia (PSDB), que têm 21% e 15%, respectivamente

Rodrigo, aliás, também relatou ter sido alvo de ameaças. O atual governador paulista, que busca a reeleição, tem participado de eventos de campanha utilizando colete à prova de balas após identificar ameaças de uma facção criminosa.

Segundo interlocutores do governo, um bilhete com ameaças do PCC ao tucano foi interceptado pelo Serviço de Inteligência da SAP (Secretaria de Assuntos Penitenciários).