Articuladores e apoiadores do Grito dos Excluídos e Excluídas começaram a chegar na Praça Coronel Guilherme Vaz de Melo, no bairro Lagoinha, na Região Noroeste de Belo Horizonte. O tradicional evento, que acontece neste 7 de Setembro, chega à 28ª edição.
De acordo com os organizadores, a ideia é se concentrar no local até às 10h, quando vai começar uma marcha em direção à rua Pedro Lessa.
"Sempre tentamos trazer um contraponto à Independência. Já tivemos temas em alusão às barragens da Vale, sobre a saúde na pandemia e agora, nos 200 anos, questionamos 'Independência para quem?'", declarou José Maurício Ferraz, que é um dos articuladores do movimento e integra a Arquidiocese de Belo Horizonte.
O primeiro grito dos Excluídos foi realizado em 1995, a partir da perspectiva da Campanha da Fraternidade, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
"Sou morador da região e achei importante ser aqui este ano porque, na minha visão, este é o local que mais tem excluídos na cidade", declarou o comerciante Isac Reis.
Programação
Após a caminhada, o encerramento vai ser na Ocupação Pátria Livre, que fica dentro da Pedreira Prado Lopes.
"Teremos intervenções políticas e apresentações culturais. Também haverá venda de almoço a preço popular, com a renda revertida para obras", declarou a organização.
Produção de flores
Na última sexta-feira (2/9), o grupo se reuniu no Bairro Santo André, também na Região Noroeste da capital mineira.
"O objetivo foi preparar as flores de papel que serão distribuídas na nossa marcha. Fizemos uma produção coletiva", disse.