De um lado o desfile de 7 de setembro e de outro o protesto de aproximadamente 150 enfermeiros. Esse foi o cenário da manhã de hoje (7/9) na Praça Magalhães Pinto, conhecida como Praça do Quartel de Uberaba. no Triângulo Mineiro.
Com faixas e gritos de protesto, desde o início do desfile do Bicentenário da Independência do Brasil na cidade, por volta das 8h, os enfermeiros demonstraram revolta com a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, que resultou na suspensão do pagamento do piso salarial nacional da categoria, de R$ 4.750, que começaria a ser pago nesta segunda-feira (5/9).
Entre as frases contidas nos gritos de protesto dos enfermeiros e também em faixas, estiveram presentes: “A enfermagem do Brasil está em guerra. Não vamos recuar”; “Não romantize a enfermagem, pague o piso” e “Respeitem a enfermagem”.
A decisão cautelar do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, que foi concedida no último domingo (4/9) no âmbito da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7.222, atendeu a um pedido da Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde), que questionam a constitucionalidade da Lei 14.434, de 2022.
A decisão estabelece um prazo de 60 dias para que entes públicos e privados da área de saúde informem o impacto financeiro do piso salarial, assim como os riscos para a empregabilidade na área.
Desfile tradicional
Enquanto os enfermeiros de Uberaba protestavam na parte interna da praça, ao redor do local e na parte externa, desfilaram integrantes da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Colégio Tiradentes, Polícia Civil, Polícia Penal, Polícia Rodoviária Federal, Guarda Civil Municipal, Tiro de Guerra 11-003 e alunos das escolas municipais.