Em coletiva de imprensa no salão azul do Senado Federal, o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse nesta quinta-feira (8/9) que a presença de "qualquer pessoa" entre dois presidentes da República na tribuna de honra do Bicentenário durante as comemorações do 7 de Setembro seria "inadequada".
O comentário foi em resposta a questionamentos da imprensa sobre o empresário bolsonarista Luciano Hang, que se posicionou entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo, ontem, durante o desfile cívico-militar.
O comentário foi em resposta a questionamentos da imprensa sobre o empresário bolsonarista Luciano Hang, que se posicionou entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo, ontem, durante o desfile cívico-militar.
“Poderia em tese ser interpretado, mas é direito das pessoas participarem, aquelas que são convidadas pelo presidente da República no momento cívico e no momento político. Obviamente não é adequado ninguém se colocar entre dois presidentes da República, o correto é que fiquem lado a lado. É o comentário que me permito fazer. O correto seria permitir que o presidente Marcelo ficasse o tempo todo ao lado do presidente da República (Bolsonaro)”, disse.
Falta de "clareza"
Pacheco também foi indagado sobre Bolsonaro ter aproveitado a festa da Independência para fazer palanque político. Na avaliação do presidente do Senado, em momentos eleitorais, os candidatos que também ocupam cargos públicos precisam demonstrar “clareza” para cumprir seus compromissos oficiais sem misturar com a campanha eleitoral.
Pacheco disse ainda que essa falta de clareza sobre como seria o evento o motivou a se ausentar da celebração no dia 7. Ontem, Bolsonaro foi o único chefe de Poder do Brasil a comparecer ao desfile militar na Esplanada dos Ministérios.
Pacheco disse ainda que essa falta de clareza sobre como seria o evento o motivou a se ausentar da celebração no dia 7. Ontem, Bolsonaro foi o único chefe de Poder do Brasil a comparecer ao desfile militar na Esplanada dos Ministérios.
“Eu considero que há dois momentos do 7 de Setembro: o desfile cívico-militar e os desdobramentos de cunho eleitoral em torno do presidente da República. Como não havia clareza sobre qual momento seria um e outro, eu não participei, por conta dessa motivação política. Houve, durante a data, uma manifestação pacífica em torno do processo político-eleitoral. O que não pode é confundir uma coisa com a outra. Respeito ambas as situações desde que sejam independentes”, disse Pacheco, que ainda afirmou não conhecer as motivações da ausência de Bolsonaro na solenidade de hoje no Congresso.
O presidente da República cancelou sua presença na sessão solene minutos antes do início. Além de Pacheco, a cerimônia contou com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux.
Enquanto a sessão estava em andamento, Jair Bolsonaro tirou fotos com apoiadores em frente ao Palácio do Alvorada e fez uma live para registrar a conversa com seus eleitores.