O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, nesta quinta-feira (8/9), que há "politização" por parte de alguns integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF). Em entrevista ao Correio Braziliense, o candidato à reeleição utilizou a suspensão da nomeação de Alexandre Ramagem como diretor-geral da Polícia Federal, em 2020, para criticar o ministro Alexandre de Moraes, a quem, em tom irônico, chamou de "queridíssimo". "Sabe que gosto muito dele", afirmou.
Leia Mais
Bolsonaro diz o que Lula vai fazer se voltar à presidênciaBolsonaro para Lula: 'Quer comparar minha família com a tua?'Bolsonaro: 'Se houver segundo turno entre eu e Lula, Zema fica comigo'Ministra Rosa Weber assume comando do STF nesta segunda-feira (12/9)Bolsonaro sobre Boric: 'Não valeu a Constituição que aquele cidadão queria'"Quando apareceu a chance com as saídas de Valeixo e Moro, o indiquei, e Moraes falou 'ele (Valeixo) é amigo da família Bolsonaro' e não pode ser diretor-geral da Polícia (Federal). Olha, Alexandre de Moraes, o senhor é amigo do Temer, tanto é que foi indicado para ser ministro do Supremo Tribunal Federal", criticou Bolsonaro, em participação no CB.Poder, programa feito pelo Correio em parceria com a "TV Brasília".
"Você vem que tem uma certa politização dentro do Supremo. Tem gente que tem alguma bronca ideológica comigo. Me dou bem com todo mundo. Não tenho briga", completou.
Moraes, um dos alvos do presidente, acumula um assento no Supremo com a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo Bolsonaro, há "três ou quatro" ministros que "extrapolam". "Não sou eu que provoco (tensões). Eu estou quieto", assegurou.
"Ramagem, que é candidato a deputado federal pelo Rio de Janeiro, não era meu amigo. Ele foi trabalhar comigo depois que eu ganhei a eleição, escolhido pela direção da Polícia Federal, que queria uma pessoa competente, assim como são quase todos os delegados", acrescentou.