Candidato ao governo de Minas Gerais, Alexandre Kalil (PSD) descartou a possibilidade de continuar com o projeto para o Rodoanel Metropolitano, caso eleito. Em um encontro setorial do Meio Ambiente, neste sábado (10/9), em Belo Horizonte, ele apontou que esta proposta do governo atual é uma “carta fora do baralho” para ele.
Segundo Kalil, a ideia atual do Rodoanel não foi feita pensando nas pessoas. “Ele é feito para empresários, é um projeto que não foi bolado, não foi feita audiência pública com primeiro escalão, não ouviu prefeitos da Região Metropolitana e já tá entregue para a iniciativa privada como um presente. Foi feita em um quarto escuro, quando o Ministério Público proibiu”, ressaltou.
Por outro lado, ele comentou que pretende ouvir os grupos envolvidos para apresentar um novo projeto. “Sou contra esse Rodoanel indecente, mas nós vamos fazer o Rodoanel”, apontou.
A proposta do Rodoanel Metropolitano é de ter aproximadamente 100 quilômetros de extensão e o projeto prevê uma parceria público-privada. O Estado arca com R$ 3 bilhões provenientes de acordo com a Vale pela Tragédia de Brumadinho. O restante, cerca de R$ 2 bilhões, são de responsabilidade da empresa que vencer o leilão pela rodovia. A concessão é de 30 anos de operação.
A grande polêmica em torno do projeto são os impactos ambientais que podem acontecer, apontados pelas prefeituras de Contagem, Betim e Região Metropolitana. Entre os riscos apontados, está o impacto na Área de Proteção Ambiental Várzea das Flores, responsável pelo abastecimento hídrico desses municípios.
Também é apontado que, no traçado previsto no edital atual, a rodovia passaria por áreas densamente povoadas, inclusive por comunidades tradicionais como o Quilombo Arturos.
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