Jornal Estado de Minas

NO TWITTER

Lula volta a criticar sigilos de Bolsonaro: 'Explicar as casas que comprou'

O presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a dizer, neste sábado (10/9), que, se eleito, vai derrubar os sigilos de 100 anos decretados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). No Twitter, o petista falou, ainda, sobre a apuração do "UOL" que apontou a compra de 51 imóveis em dinheiro vivo por parte de familiares de Bolsonaro.



"Nós vamos acabar com os sigilos de 100 anos do Bolsonaro. Toda a minha família, quando foi denunciada, foi investigada. Foram na casa dos meus filhos e não acharam nada. Têm que ir na casa do Bolsonaro para ele explicar as casas que ele comprou em dinheiro vivo", escreveu Lula.



Como mostrou o Estado de Minas no mês passado, os sigilos de 100 anos decretados por Bolsonaro são fruto de uma brecha da Lei de Acesso à Informação (LAI). O texto, sancionado durante o mandato presidencial de Dilma Rousseff (PT), acaba com o "sigilo eterno" de documentos ultrassecretos ao apontar que nenhum papel público pode ficar oculto por mais de cinco décadas.

Materiais que esbarrem em critérios como intimidade, vida privada, honra ou dignidade de uma pessoa, porém, podem ser sigilosos por até 100 anos. O mecanismo permitiu, por exemplo, a ampliação do tempo em que o cartão de vacinação de Bolsonaro será documento secreto.




Bolsonaro atribui sigilos a 'questões pessoais'

Durante o debate eleitoral do pool liderado pela Rede Bandeirantes, em 29 de agosto, o presidente da República tentou se explicar a respeito do tema.

"Sigilo de 100 anos? Uma lei lá do tempo da Dilma. Para as questões pessoais, meu cartão de vacina ou quem me visita no Alvorada. Nada mais além disso", declarou.

 

O "Beabá da Política"

série Beabá da Política reuniu as principais dúvidas sobre eleições em 22 vídeos e reportagens que respondem essas perguntas de forma direta e fácil de entender. Uma demanda cada vez maior, principalmente entre o eleitorado brasileiro mais jovem. As reportagens estão disponíveis no site do Estado de Minas e no Portal Uai e os vídeos em nossos perfis no TikTokInstagramKwai YouTube.