O cantor Tico Santa Cruz, líder da banda "Detonautas Roque Clube", utilizou o Twitter, neste sábado (10/9), para criticar a estratégia adotada por Ciro Gomes (PDT) na campanha presidencial deste ano. Apoiador do pedetista, o músico afirmou que a tática de Ciro não tem surtido efeito. Candidato ao Palácio do Planalto pela quarta vez, o ex-governador do Ceará tem feito críticas recorrentes a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), primeiros colocados das pesquisas sobre a disputa.
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Kalil: 'Sou contra esse projeto indecente, mas nós vamos fazer o Rodoanel'Lula apresenta ação contra Bolsonaro e 17 pessoas por 7 de setembroCandidatos ao governo de Minas adotam estratégias diferentesGoverno de MG: candidatas à esquerda engrossam ato pró-democracia em BHNa visão do cantor, a estratégia de Ciro pode "não ter mais volta". Ele demonstrou incômodo com o tom adotado pelo pedetista ao tratar de Lula.
"Vim alertando sistematicamente que a tendência do discurso em busca de um voto antipetista, bolsonarista "arrependido" com ataques a Lula era um caminho perigoso, não apenas para campanha, mas para o seu futuro político. Poderia ser um tiro no pé. Apenas estava tentando ajudar", falou.
Embora tenha afirmado que vai continuar caminhando ao lado de Ciro, Tico Santa Cruz falou sobre o que chamou de "voto útil" para derrotar Bolsonaro.
"Vamos aguardar e se necessário for, como está aparentando, pensar sim, em fazer o voto útil para nos livrarmos desse desgoverno o quanto antes! Vamos pensar antes de decidir! E por favor: me respeitem e respeitem o que construímos juntos", escreveu, em direção à militância do PDT.
Ciro tem aparecido atrás de Lula e Bolsonaro nas sondagens eleitorais. Segundo levantamento divulgado pelo Datafolha ontem, registrado na Justiça Eleitoral sob o número BR-07422/2022, ele tem 7% das intenções de voto. Líder, o petista soma 45% da preferência do eleitorado. Bolsonaro, o segundo colocado, aparece com 34%.
'Coisa ruim' e 'coisa pior'
Recorrentemente, Ciro tem subido o tom ao tratar de Lula, embora tenha feito parte do governo do petista e sido, inclusive, ministro da Integração Nacional. Na semana passada, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, ele chamou o petista e Bolsonaro de "coisa ruim e "coisa pior"."Pesquisa é retrato e a vida é filme. Vocês jornalistas, corretamente, para bem servir a opinião pública, procuram antecipar o que está acontecendo. Sabendo disso, o 'sistemão' paga obsessivamente pesquisas para tentar confinar a disputa para escolher entre o 'coisa ruim' e o 'coisa pior'. De maneira que o inferno sempre ganha", criticou.