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Estado de Minas Eleições 2022

Candidata a deputada estadual é agredida por colega de partido aliado em BH

Briga ocorreu no bairro Aarão Reis, Região Norte de BH; os candidatos trabalhavam em parceria na divulgação das propostas


13/09/2022 18:55 - atualizado 13/09/2022 22:44

 Kelly Batista Ferreira é uma mulher negra, está séria e usa uma tipoia no braço
A candidata teve o ombro deslocado, luxação no pulso, várias escoriações no braço e hematomas (foto: Divulgação/arquivo pessoal)
Uma candidata a deputada estadual pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) foi agredida por um colega de um partido aliado no bairro Aarão Reis, Região Norte de Belo Horizonte, nessa segunda- feira (13/9). A briga aconteceu após os candidatos se desentenderem sobre a divulgação das propostas. Segundo Kelly Batista Ferreira, o candidato a deputado  federal pelo Partido Social Democrático (PSD) queria que ela ficasse como “assistente” dele.
 
“Resolvemos trabalhar juntos, mas quando percebi que não havia uma paridade entre a divulgação de nossas campanhas e uma certa agressividade do outro candidato, resolvi desfazer a parceria”, conta. 
 
Segundo a candidata ao Legislativo mineiro, a parceria com o candidato do outro partido começou no domingo (11/9) e todo o material usado na divulgação como a caixa de som, o notebook e o combustível do carro veio dela.
 
“Ele estava desesperado para fazer a campanha porque ainda não tinha recebido os recursos do fundo eleitoral. Como os meus recursos já tinham sido liberados pelo meu partido, comprei uma caixa de som e fizemos os jingles.”  
 
Kelly Ferreira conta que estava distribuindo santinhos e conversando com o eleitorado quando o outro candidato quis impedi-la na divulgação das propostas. Ela relata ainda que, na intenção de desfazer a parceria com o candidato, ao recolher a caixa de som e o notebook, foi agredida fisicamente. A advogada teve o ombro deslocado, luxação no pulso, várias escoriações no braço e hematomas.
 
De acordo com o advogado da vítima, Gilberto Silva, a mulher fez exame de corpo de delito do Instituto Médico-Legal (IML) e registrou Boletim de Ocorrência (BO). O advogado ainda afirma que será aberto um inquérito policial e todas a medidas protetivas deverão ser tomadas para que a candidata prossiga na campanha eleitoral.

“Também faremos estudos sobre os crimes eleitorais que o agressor possa ter cometido.” O nome do agressor foi omitido pela vítima "para não atrapalhar o processo".
 
“É bom ressaltar que esse caso não tem conotação de racismo nos limites da lei, mas percebo que houve misoginia, violência contra a mulher negra, apropriação indébita dos bens materiais dela e lesão corporal”, afirma Silva.


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