A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, disse nesta quarta (14), em evento de campanha com o presidente Jair Bolsonaro (PL), que "a mulher é uma ajudadora do esposo".
Em tom religioso, Michelle negou que o mandatário seja contra as mulheres, apesar de uma série de declarações machistas do presidente. A participação da primeira-dama nos eventos de campanha faz parte da estratégia de tentar reduzir a rejeição do presidente no eleitorado feminino.
"Esse homem, que é rotulado por não gostar de mulheres, já aprovou mais de 70 leis para a proteção do público feminino", disse Michelle.
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"Aqui tem um homem talvez um pouco mais técnico, mas aqui tem uma mulher espiritual. Eu acho que se completa, né? Tem que ser assim, minhas amadas. A mulher tem que ser ajudadora do esposo, não é isso? É a gente que aguenta, né? Mas graças a Deus, Deus tem falado muito ao coração do meu marido."
O presidente Jair Bolsonaro também discursou e voltou a dizer que o país atravessa uma luta entre o "bem" e o "mal".
"Um lado quer destruir a família, diz que vai liberar drogas, diz que vai liberar o aborto e implementar a ideologia de gênero para as essas criancinhas. Isso é uma grande covardia com o patrimônio da nossa família, que são os nossos filhos", afirmou.
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'Imbrochável'
Mais cedo, Bolsonaro voltou a insistir em falas em favor das mulheres e preferiu ignorar um coro de "imbrochável" puxado pelos apoiadores.
Então repetiu a expressão usada no 7 de Setembro, em Brasília, no qual afirma que homens solteiros são felizes, mas, ao se casarem com uma "princesa", ficam ainda mais felizes.
Em uma das últimas pausas na fala do presidente, a plateia do comício puxou um coro de "imbrochável", mas, diferentemente do 7 de Setembro, Bolsonaro não estimulou os apoiadores. Sorriu, ignorou o adjetivo e imediatamente o som mecânico do evento subiu em volume alto e abafou o coro.