Durante comício em Curitiba, no Paraná, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou não ter rancor pela cidade porque conheceu sua atual mulher, a socióloga Rosângela da Silva, a Janja, no período em que esteve preso na capital do Paraná.
Mais cedo, o ex-juiz da Lava-Jato Sérgio Moro (União Brasil) se revoltou com o comício feito pelo ex-presidente. Para o candidato ao Senado, é "inacreditavel" o petista voltar para cidade onde ficou preso.
“Não pensem que eu tenho rancor com Curitiba. Aqui eu encontrei a Janja, meu amor. Eu tenho gratidão e respeito por homens e mulheres que não mediram esforços de solidariedade para estarem comigo nos 580 dias em que estive aqui. Então, obrigado Curitiba”, disse Lula.
Mais cedo, o ex-juiz da Lava-Jato Sérgio Moro (União Brasil) se revoltou com o comício feito pelo ex-presidente. Para o candidato ao Senado, é "inacreditavel" o petista voltar para cidade onde ficou preso.
Em 2021, o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou que Moro agiu com "parcialidade" no julgamento que levou à primeira condenação do ex-presidente por denúncias de corrupção.
Em 2017, Sergio Moro proferiu contra Lula uma sentença de 9 anos e meio de prisão, aumentada para 12 anos e um mês em janeiro de 2018 pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), corte de segunda instância, e reduzida depois a oito anos e dez meses em 2019 pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Lula, de 76 anos, ficou preso de abril de 2018 a novembro de 2019.
O ex-presidente foi condenado, ainda, a 17 anos de prisão em outro julgamento iniciado por Moro, mas concluído por sua sucessora quando o juiz deixou a magistratura para se tornar ministro.
Essas duas condenações foram anuladas pelo ministro Edson Fachin, do STF, por considerar incompetente a 13ª Vara Federal de Curitiba para julgar os casos, determinando que sejam reiniciados na Justiça Federal do Distrito Federal. A decisão habilitou Lula a disputar as eleições presidenciais de 2022.