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Estado de Minas ELEIÇÃO EM MINAS

Ausente, Zema vira alvo dos candidatos ao governo no debate da Alterosa

Candidato à reeleição, político do Novo foi recorrentemente criticado por Alexandre Kalil, Carlos Viana e Marcus Pestana, que participaram da atração


18/09/2022 06:00 - atualizado 18/09/2022 16:36

Lorene Figueiredo, Marcus Pestana, Alexandre Kalil e Carlos Viana no debate da TV Alterosa
Lorene Figueiredo (esq.), Pestana e Kalil (ao centro) e Viana (dir.) participaram do debate promovido pelos Diários Associados (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press - 17/9/22)
Romeu Zema (Novo), candidato à reeleição, não compareceu ao debate entre os candidatos ao ao governo mineiro, promovido ontem por TV Alterosa, Estado de Minas e Portal Uai. Ele foi criticado por todos os adversários que participaram da atração. Alexandre Kalil (PSD), segundo colocado nas pesquisas de intenção de voto, atrás de Zema, disparou contra o rival ao tratar sobre propostas para combater a violência contra a mulher. Para isso, o ex-prefeito de Belo Horizonte recorreu a uma antiga fala do governador, que em 2020 atribuiu a opressão a pessoas do gênero feminino um "instinto natural".

Marcus Pestana (PSDB), por sua vez, também voltou a artilharia ao político do Novo e afirmou que a presença nos debates é "dever de um candidato". Lorene Figueiredo (Psol) e Carlos Viana (PL), os outros participantes, protestaram contra isenções de impostos concedidas pelo atual governo a empresários. A pessolista, aliás, chamou o governador de "exterminador do futuro".

Foi a segunda vez que Zema faltou a um debate rumo ao pleito deste ano. Para alegar sua ausência, Zema manifestou discordância com uma das regras do debate e se amparou, também, em compromissos cumpridos no Alto Paranaíba. A TV Alterosa, por outro lado, explicou que as normas do enfrentamento foram aprovadas por mais de dois terços dos representantes dos enviados pelas chapas à reunião prévia organizada pela emissora, conforme a Legislação Eleitoral. (Leia mais sobre isso ainda neste texto).

"Temos um governador que falou que bater em mulher é um instinto humano. É isso que temos que combater. Precisamos de uma educação social para Minas Gerais. Matar, agredir, é crime", disse Kalil, ao responder a primeira pergunta que recebeu, durante o bloco que contemplou questionamentos de jornalistas dos Diários Associados.

A fala citada pelo postulante do PSD remonta a março do ano retrasado. "A questão da opressão contra a mulher está dentro desse contexto e ela extrapola classes sociais, mas nós temos de ter ferramentas que inibam, né, isso que a gente poderia chamar meio que instinto natural do ser humano", pontuou Zema, à época.

Antes mesmo de responder a um questionamento a respeito dos Hospitais Regionais cujas obras estão paralisadas, Marcus Pestana citou Zema.

"Debater, comparecer a um debate, é dever do candidato, mas, acima de tudo, é um direito do cidadão. Para controlar, inclusive, o futuro mandato do vencedor. Isso é democracia", assinalou.

Depois, o tucano afirmou que o governador peca por "falta de vocação para o diálogo" e, como exemplos, citou as dificuldades na relação com a Assembleia Legislativa e com as forças de segurança pública, que chegaram a fazer manifestações de rua neste ano para cobrar uma recomposição salarial.


'Bilionários' em pauta

Quando teve a palavra, Lorene Figueiredo chamou de "farra" as isenções de tributos. O tema foi reverberado por Carlos Viana, que apontou contradição no fato de Zema se amparar na recusa à utilização dos recursos públicos do Fundo Eleitoral.

"É muito cômodo dizer que não precisa de dinheiro público para campanha sendo que os milionários que estão bancando. Os mesmos que estão tomando conta de Minas", atacou.

Nas considerações finais, Kalil seguiu a linha adotada por Viana e Lorene e atribuiu o financiamento de parte da campanha de Zema a empresários dos setores de aluguel de carros e minerário.

"Estamos a 15 dias (ontem) da eleição. A mentira da verba eleitoral não afeta a gente. Só machuca um pouco. Os maiores doadores dele (Zema) ou é (sic) locador bilionário ou é (sic) mineração. Está no TRE. Ninguém inventa nada. Tenho esse jeito, assim, mas não falo mentira", afirmou Kalil, em menção aos dados que a Justiça Eleitoral compila sobre doações a candidatos e partidos.


Dívida do estado e 'apagão' na saúde

Kalil e Pestana mostraram descontentamento por não poderem inquirir Zema ao longo dos embates. O ex-prefeito de Belo Horizonte queria questionar o governador sobre a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). O plano é visto pela equipe econômica do Palácio Tiradentes como saída para o refinanciamento da dívida junto à União. As medidas previstas, porém, geram temores de desinvestimentos em políticas públicas e prejuízos ao funcionalismo.

Sem poder debater com o político do Novo, o pessedista, então, resolveu conversar com Lorene Figueiredo a respeito do tema.

"Queria fazer ao governador. Sei que não tem resposta, mas vou ter de te perguntar. Como (fazer) funcionar um Hospital Regional se o Regime de Recuperação Fiscal proíbe a contratação de um único funcionário para acréscimo na folha (de pagamento)?", arguiu.
Lorene, que apontou a existência de um "apagão" na saúde pública em Minas Gerais. Segundo a professora, a ideia do governo é privatizar casas de saúde e "desmontar" a rede assistencial.

"A confirmação disso são as filas imensas para procedimentos para cirurgias. Isso é inaceitável, uma pessoa com câncer ter que esperar na fila", lamentou.

Ao comentar as propostas para a saúde pública, Pestana defendeu a retomada das obras dos Hospitais Regionais. Há construções do tipo estagnadas em cidades como Juiz de Fora, na Zona da Mata, Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, e Sete Lagoas, na Região Central.

"Hospital fechado não salva vidas. Nós precisamos, rapidamente, equacionar o problema fiscal, aproveitar os recursos providos de acordo com a Vale e retomar (as construções)", defendeu.

Em outro momento, Kalil ironizou Zema e pregou em prol da ampliação de programas sociais. "Este governo 'calculadora' vai sair e vai entrar um governo que tenha coração", projetou.

Quem também comentou a situação fiscal do estado foi Carlos Viana. Segundo o candidato do PL, que é senador da República, as verbas encaminhadas pelo governo federal foram fundamentais para regularizar o fluxo de caixa regional.

"Não tem um município em Minas Gerais que tenha a folha de pagamentos atrasada dos servidores. Os repasses do governo federal foram efetivos. Os estados, como Minas Gerais, conseguiram colocar a folha de pagamento em dia com dinheiro do governo federal", assegurou o parlamentar bolsonarista, que aproveitou para criticar a postura de Zema diante da pandemia de COVID-19. "Os prefeitos pediam socorro a mim no gabinete em Brasília, porque a Secretaria de Estado de Saúde não tinha respostas".

Ver galeria . 10 Fotos Debate foi realizado por TV Alterosa, Estado de Minas e Portal UaiMarcos Vieira e Gladyston Rodrigues/EM/DA Press
Debate foi realizado por TV Alterosa, Estado de Minas e Portal Uai (foto: Marcos Vieira e Gladyston Rodrigues/EM/DA Press )

Lula e Bolsonaro ganham destaque

Além de servir para a exposição de propostas para o estado, as perguntas feitas entre os candidatos trouxeram à tona a disputa pela presidência, protagonizada por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), segundo as pesquisas de intenção de voto.

Nos dois blocos destinados aos confrontos diretos, Lorene Figueiredo fez perguntas para Carlos Viana. Em ambas, a gestão de Bolsonaro foi citada. Ao longo de uma de suas tréplicas, a pessolista associou Zema ao presidente da República, apontando falta de transparência no chamado "Orçamento Secreto".

"Temos, no estado, um governador que diz que tem 99% do DNA de Bolsonaro. Bolsonaro e Zema juntos são os exterminadores do futuro", acusou. "Partidos que distorcem informação deveriam ser extintos. O PSOL é o primeiro da lista", rebateu Viana, mencionando o Mensalão, ocorrido durante o primeiro governo de Lula.

Na segunda pergunta, Lorene listou pedidos de impeachment não avaliados pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) e questionou o papel do Legislativo na defesa da democracia.

"Vai existir a possibilidade de um impeachment quando Bolsonaro cometer um crime, coisa que ele nunca fez. O presidente tem opiniões duras e fortes e por isso, é criticado", respondeu o postulante do PL.

Apoiado por Lula, Kalil trouxe o nome do ex-presidente à tona durante embate com Marcus Pestana sobre as estradas mineiras. Durante a tréplica, o ex-prefeito da capital disse que não há programa de recuperação das vias danificadas no estado sem a ajuda do governo federal. O candidato do PSD voltou a falar do petista quando respondeu a Carlos Viana sobre como combater a seca no estado. O problema, segundo Kalil, seria resolvido retomando os programas iniciados na gestão de Lula no Planalto.


Momentos de embate

Além da disputa entre Lorene e Viana, o debate Alterosa/EM/Uai teve outros momentos de ataques diretos entre os candidatos. O concorrente do PL foi alvo das críticas do tucano Pestana, que lembrou o período em que foi secretário de Estado de Saúde.

"O que me preocupa, Carlos, é que você fez sua vida toda no rádio, como excelente apresentador. Mas eu queria saber quando você acumulou experiência administrativa. Não tenho notícia de nenhuma trajetória sua na gestão pública. Você chegou na vida pública há apenas quatro anos", falou, em menção ao fato de Viana ter disputado sua primeira eleição em 2018, quando foi eleito senador.

Viana pediu direito de resposta, mas a solicitação foi negado pela organização do debate. Em outro momento, quando dirigiu uma pergunta a Alexandre Kalil, Viana criticou o partido de Pestana ao falar sobre as gestões tucanas em Minas Gerais.

"É interessante o candidato do PSDB falando que fez muito asfalto. Eu andei pelos asfaltos deles. Fizeram o asfalto e deixaram as pessoas sem água. É um partido elitista, que, ele mesmo já reconheceu: vai sair da história pela porta dos fundos", atacou.


Dois debates, duas ausências

Em agosto, alegando "indisposição", Zema não participou de atração similar promovida pelo Grupo Bandeirantes. Para embasar a ausência de ontem, a equipe da chapa encabeçada pelo Novo alegou discordância com a dinâmica do debate e também com a possibilidade de o púlpito de algum candidato faltante permanecer no estúdio.

"Em razão de compromissos de campanha do candidato Romeu Zema no Alto Paranaíba, neste sábado (17/9), e por não ter concordado previamente com as regras do debate, a candidatura ao Governo de Minas do Novo informa que não participará do programa", lê-se em trecho de comunicado enviado à imprensa.

A TV Alterosa se manifestou sobre a decisão de Zema e salientou que as regras foram aprovadas em reunião com assessores dos candidatos.

"Com relação à discordância das regras mencionadas em nota pela assessoria de Romeu Zema, a TV Alterosa esclarece que foi realizada reunião com os representantes de todos os candidatos convidados. Durante esta reunião, o único ponto de discordância levantado pelos representantes do candidato à reeleição foi relativo à veiculação da imagem do púlpito no cenário na eventual ausência de algum dos convidados", iniciou a nota lida no ar pela jornalista Carolina Saraiva, mediadora do debate.

"As regras foram aprovadas por mais de 2/3 dos presentes, como estabelece a Lei 9.504, inciso III, parágrafo quinto e encaminhada à Justiça eleitoral. A TV Alterosa lamenta a decisão do candidato Romeu Zema de se ausentar do debate", complementou a emissora.

 

'Bilionários' em pauta

Quando teve a palavra, Lorene Figueiredo chamou de "farra" as isenções de tributos. O tema foi reverberado por Carlos Viana, que apontou contradição no fato de Zema se amparar na recusa à utilização dos recursos públicos do Fundo Eleitoral.

"É muito cômodo dizer que não precisa de dinheiro público para campanha sendo que os milionários que estão bancando. Os mesmos que estão tomando conta de Minas", atacou.

Nas considerações finais, Kalil seguiu a linha adotada por Viana e Lorene e atribuiu o financiamento de parte da campanha de Zema a empresários dos setores de aluguel de carros e minerário.

"Estamos a 15 dias (ontem) da eleição. A mentira da verba eleitoral não afeta a gente. Só machuca um pouco. Os maiores doadores dele (Zema) ou é (sic) locador bilionário ou é (sic) mineração. Está no TRE. Ninguém inventa nada. Tenho esse jeito, assim, mas não falo mentira", afirmou Kalil, em menção aos dados que a Justiça Eleitoral compila sobre doações a candidatos e partidos.


Dívida do estado e 'apagão' na saúde

Kalil e Pestana mostraram descontentamento por não poderem inquirir Zema ao longo dos embates. O ex-prefeito de Belo Horizonte queria questionar o governador sobre a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). O plano é visto pela equipe econômica do Palácio Tiradentes como saída para o refinanciamento da dívida junto à União. As medidas previstas, porém, geram temores de desinvestimentos em políticas públicas e prejuízos ao funcionalismo.

Sem poder debater com o político do Novo, o pessedista, então, resolveu conversar com Lorene Figueiredo a respeito do tema.

"Queria fazer ao governador. Sei que não tem resposta, mas vou ter de te perguntar. Como (fazer) funcionar um Hospital Regional se o Regime de Recuperação Fiscal proíbe a contratação de um único funcionário para acréscimo na folha (de pagamento)?", arguiu.
Lorene, que apontou a existência de um "apagão" na saúde pública em Minas Gerais. Segundo a professora, a ideia do governo é privatizar casas de saúde e "desmontar" a rede assistencial.

"A confirmação disso são as filas imensas para procedimentos para cirurgias. Isso é inaceitável, uma pessoa com câncer ter que esperar na fila", lamentou.

Ao comentar as propostas para a saúde pública, Pestana defendeu a retomada das obras dos Hospitais Regionais. Há construções do tipo estagnadas em cidades como Juiz de Fora, na Zona da Mata, Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, e Sete Lagoas, na Região Central.

"Hospital fechado não salva vidas. Nós precisamos, rapidamente, equacionar o problema fiscal, aproveitar os recursos providos de acordo com a Vale e retomar (as construções)", defendeu.

Em outro momento, Kalil ironizou Zema e pregou em prol da ampliação de programas sociais. "Este governo 'calculadora' vai sair e vai entrar um governo que tenha coração", projetou.

Quem também comentou a situação fiscal do estado foi Carlos Viana. Segundo o candidato do PL, que é senador da República, as verbas encaminhadas pelo governo federal foram fundamentais para regularizar o fluxo de caixa regional.

"Não tem um município em Minas Gerais que tenha a folha de pagamentos atrasada dos servidores. Os repasses do governo federal foram efetivos. Os estados, como Minas Gerais, conseguiram colocar a folha de pagamento em dia com dinheiro do governo federal", assegurou o parlamentar bolsonarista, que aproveitou para criticar a postura de Zema diante da pandemia de COVID-19. "Os prefeitos pediam socorro a mim no gabinete em Brasília, porque a Secretaria de Estado de Saúde não tinha respostas".

Ver galeria . 10 Fotos Debate foi realizado por TV Alterosa, Estado de Minas e Portal UaiMarcos Vieira e Gladyston Rodrigues/EM/DA Press
Debate foi realizado por TV Alterosa, Estado de Minas e Portal Uai (foto: Marcos Vieira e Gladyston Rodrigues/EM/DA Press )

Lula e Bolsonaro ganham destaque

Além de servir para a exposição de propostas para o estado, as perguntas feitas entre os candidatos trouxeram à tona a disputa pela presidência, protagonizada por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), segundo as pesquisas de intenção de voto.

Nos dois blocos destinados aos confrontos diretos, Lorene Figueiredo fez perguntas para Carlos Viana. Em ambas, a gestão de Bolsonaro foi citada. Ao longo de uma de suas tréplicas, a pessolista associou Zema ao presidente da República, apontando falta de transparência no chamado "Orçamento Secreto".

"Temos, no estado, um governador que diz que tem 99% do DNA de Bolsonaro. Bolsonaro e Zema juntos são os exterminadores do futuro", acusou. "Partidos que distorcem informação deveriam ser extintos. O PSOL é o primeiro da lista", rebateu Viana, mencionando o Mensalão, ocorrido durante o primeiro governo de Lula.

Na segunda pergunta, Lorene listou pedidos de impeachment não avaliados pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) e questionou o papel do Legislativo na defesa da democracia.

"Vai existir a possibilidade de um impeachment quando Bolsonaro cometer um crime, coisa que ele nunca fez. O presidente tem opiniões duras e fortes e por isso, é criticado", respondeu o postulante do PL.

Apoiado por Lula, Kalil trouxe o nome do ex-presidente à tona durante embate com Marcus Pestana sobre as estradas mineiras. Durante a tréplica, o ex-prefeito da capital disse que não há programa de recuperação das vias danificadas no estado sem a ajuda do governo federal. O candidato do PSD voltou a falar do petista quando respondeu a Carlos Viana sobre como combater a seca no estado. O problema, segundo Kalil, seria resolvido retomando os programas iniciados na gestão de Lula no Planalto.


Momentos de embate

Além da disputa entre Lorene e Viana, o debate Alterosa/EM/Uai teve outros momentos de ataques diretos entre os candidatos. O concorrente do PL foi alvo das críticas do tucano Pestana, que lembrou o período em que foi secretário de Estado de Saúde.

"O que me preocupa, Carlos, é que você fez sua vida toda no rádio, como excelente apresentador. Mas eu queria saber quando você acumulou experiência administrativa. Não tenho notícia de nenhuma trajetória sua na gestão pública. Você chegou na vida pública há apenas quatro anos", falou, em menção ao fato de Viana ter disputado sua primeira eleição em 2018, quando foi eleito senador.

Viana pediu direito de resposta, mas a solicitação foi negado pela organização do debate. Em outro momento, quando dirigiu uma pergunta a Alexandre Kalil, Viana criticou o partido de Pestana ao falar sobre as gestões tucanas em Minas Gerais.

"É interessante o candidato do PSDB falando que fez muito asfalto. Eu andei pelos asfaltos deles. Fizeram o asfalto e deixaram as pessoas sem água. É um partido elitista, que, ele mesmo já reconheceu: vai sair da história pela porta dos fundos", atacou.


Dois debates, duas ausências

Em agosto, alegando "indisposição", Zema não participou de atração similar promovida pelo Grupo Bandeirantes. Para embasar a ausência de ontem, a equipe da chapa encabeçada pelo Novo alegou discordância com a dinâmica do debate e também com a possibilidade de o púlpito de algum candidato faltante permanecer no estúdio.

"Em razão de compromissos de campanha do candidato Romeu Zema no Alto Paranaíba, neste sábado (17/9), e por não ter concordado previamente com as regras do debate, a candidatura ao Governo de Minas do Novo informa que não participará do programa", lê-se em trecho de comunicado enviado à imprensa.

A TV Alterosa se manifestou sobre a decisão de Zema e salientou que as regras foram aprovadas em reunião com assessores dos candidatos.

"Com relação à discordância das regras mencionadas em nota pela assessoria de Romeu Zema, a TV Alterosa esclarece que foi realizada reunião com os representantes de todos os candidatos convidados. Durante esta reunião, o único ponto de discordância levantado pelos representantes do candidato à reeleição foi relativo à veiculação da imagem do púlpito no cenário na eventual ausência de algum dos convidados", iniciou a nota lida no ar pela jornalista Carolina Saraiva, mediadora do debate.

"As regras foram aprovadas por mais de 2/3 dos presentes, como estabelece a Lei 9.504, inciso III, parágrafo quinto e encaminhada à Justiça eleitoral. A TV Alterosa lamenta a decisão do candidato Romeu Zema de se ausentar do debate", complementou a emissora.

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