Bolsonaro ficará hospedado no local, próximo ao Hyde Park. Pouco após chegar, saiu na sacada para falar aos apoiadores. "Nosso Brasil será dessas cores aqui: verde e amarelo", disse. A multidão respondeu aos gritos de "mito", "Michele" e "Bolsonaro".
Com ele, vieram o assessor Fabio Wajngarten, o pastor Silas Malafaia e seu filho Eduardo, deputado federal por São Paulo, que saiu na rua e tirou inúmeras fotos com os apoiadores.
Às 11h, o grupo cantou o Hino Nacional. Depois, gritou que "nossa bandeira jamais será vermelha" e ainda "Lula, ladrão, seu lugar é na prisão".
Antes de Bolsonaro chegar, eles haviam rezado o Pai Nosso. O presidente, mostra a série de pesquisas Datafolha, está como segundo colocado na intenção de voto para o Palácio do Planalto, atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A agenda de Bolsonaro em Londres se resume a dois dias. Neste domingo, às 13h50, ele fará uma visita ao caixão da rainha, em Westminster Hall, e, às 17h, participará de uma recepção real no Palácio de Buckingham.
A rainha morreu no último dia 8, no Castelo de Balmoral, na Escócia, sua residência preferida, onde todo ano passava os três meses de verão. Com sua morte, seu filho, Charles, se tornou rei dos britânicos.
Na segunda, o presidente participará do funeral na Abadia de Westminster. O caixão deve sair para lá às 10h44 (6h44 em Brasília), com a família real seguindo a pé, da mesma forma como ocorreu na quarta-feira. O evento também será televisionado.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o da França, Emmanuel Macron, e os monarcas da Espanha, Suécia, Noruega, Luxemburgo, Mônaco, Bélgica e Holanda estarão presentes ao funeral, também.
Depois de Londres, Bolsonaro vai a Nova York, para participar da 77ª Assembleia-Geral da ONU, onde, como manda a tradição, deve fazer o discurso de abertura. O presidente não tem bilaterais de peso na agenda — têm programadas reuniões com líderes do Equador, da Guatemala, da Polônia, e da Sérvia.
O Itamaraty minimizou o significado da agenda deste ano e atribuiu a falta de nomes mais significativos à incompatibilidade de agenda, uma vez que o presidente vai passar pouco tempo nos EUA, e à possibilidade de que outras reuniões importantes ocorram na véspera, em Londres, durante o funeral da rainha.