A equipe da Polícia Federal que atua na segurança do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu voz de prisão a um homem de 50 anos sob acusação de ter xingado o petista de "ladrão, safado e sem vergonha".
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Conduzido a uma delegacia, o homem foi liberado após assinar um termo circunstanciado, pelo qual se comprometeu a comparecer a audiência a ser agendada na Justiça.
A equipe que acompanhava o presidenciável alegou que o homem incorreu no crime de injúria (atribuir palavras ou qualidades ofensivas que atinjam a honra e moral de alguém). A pena é de detenção, de um a seis meses, ou pagamento de multa.
De acordo com informações da 2ª Delegacia de Polícia Civil da cidade mineira, Lula e seu comboio percorriam uma das avenidas do bairro Todos os Santos por volta das 17h30. Um homem a bordo de um veículo que passava ao lado do carro que transportava o candidato do PT gritou, segundo os registros do caso, "Lula ladrão, Lula safado, Lula sem vergonha".
O homem foi abordado e ouviu um pedido para que desembarcasse do automóvel. Foi advertido de que sua conduta seria crime de injúria.
Ele, porém, teria recusado a descer do veículo e reafirmado o que dissera em relação ao ex-presidente. Foi dada, então, voz de prisão.
Levado para a delegacia, o homem relatou que em momento algum ofendeu o ex-presidente e disse ter estranhado a abordagem.
Afirmou que o policial agiu com abuso de autoridade. Disse ter sido empurrado com violência contra o capô do carro e teve boné e óculos retirados de sua cabeça. Foi liberado após apresentar sua versão dos fatos.
Além do homem, um advogado esteve na delegacia como representante de Lula e também se comprometeu a comparecer à audiência do caso na Justiça.