O pastor Silas Malafaia não soube explicar, nesta segunda-feira (19/9), o motivo de ele ter viajado com o presidente Jair Bolsonaro (PL) e com a primeira-dama Michelle Bolsonaro para Londres, onde participaram das cerimônias do velório da rainha Elizabeth II.
Questionado por jornalistas, o pastor disse que “acredita” ter sido convidado por Bolsonaro porque a morte é uma questão espiritual. “Na morte de um cristão, tem a religiosidade”, afirmou.
Silas Malafaia também afirmou à imprensa, em frente à casa do embaixador do Brasil no Reino Unido, que vai como presidente para a 77ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), que ocorre nesta terça-feira (20/9).
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Lula recebe apoio de oito ex-presidenciáveis durante evento Britânico pede 'respeito' em dia de funeral da rainha e é hostilizado por bolsonaristas em LondresHenrique Meirelles participa de encontro de Lula e ex-presidenciáveis Jornais britânicos acusam Bolsonaro de usar funeral da rainha como palanque“Como é uma viagem só, então, estamos na comitiva. Lá, não terei nenhuma representação”, explicou. “Na minha visão, eu acho que o presidente trouxe um pastor e um padre por essa questão da religião cristã, sobre morte e vida eterna. É o que eu penso”, opinou, ao se referir ao padre Paulo Antonio de Araújo, que também integra a comitiva de Bolsonaro no funeral da rainha Elizabeth II, em Londres.
O pastor justificou sua ida a Londres como algo comum e rotineiro.
“Qualquer presidente inclui pessoas na sua comitiva, em qualquer lugar do mundo. Ele não vai chamar inimigo para acompanhar viagem, concorda comigo? Quem está no avião são pessoas de relacionamento”, comentou.
Qual a religião da rainha Elizabeth?
As cerimônias do funeral da rainha ocorreram na Igreja Anglicana, religião oficial do Reino Unido e também da rainha Elizabeth II. Como monarca, a rainha teve de jurar fidelidade não só ao Parlamento, mas à Igreja Anglicana.
A igreja inglesa rompeu com o catolicismo papal sobretudo a partir de 1534, com o rei Henrique VIII - o motivo oficial foi o desejo do monarca em anular seu casamento, o que era então proibido, mas a ruptura também contou com aspectos políticos e desejo de separação da nobreza da época frente ao poderio papal. O movimento, anos depois, se consolidou exatamente com Elizabeth I, em 1559.