Jornal Estado de Minas

EM CONFIRMA

UFMG reforça programa de combate à desinformação do STF

A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) se junta ao Supremo Tribunal Federal (STF) para integrar com outros parceiros, o programa Combate à desinformação da mais alta instância judiciária do país.

Grupos de pesquisa nas diversas áreas do conhecimento vão participar do Programa UFMG de formação cidadã em defesa da democracia, cujo objetivo é incrementar a veiculação de informações verdadeiras e fortalecer a democracia, a sociedade e o controle social.  

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Mais de duas dezenas de iniciativas de ensino, pesquisa e extensão atenderam à convocação e estão sendo integradas ao programa da UFMG. A expectativa é de que outros grupos e projetos sejam incorporados em breve. O STF tem atualmente mais de 40 parceiros, a maioria universidades.



A UFMG fará parte de um time que conta ainda com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), institutos de checagem de notícias e organizações não-governamentais, entre outros.   

O programa de Combate à Desinformação do STF foi criado em agosto do ano passado para combater práticas que afetam a confiança das pessoas no Supremo, distorcem ou alteram o significado das decisões e colocam em risco direitos fundamentais e a estabilidade democrática, afirma o Supremo.

"Nada mais é que um programa que visa à divulgação correta de informações para fazer face à enxurrada de notícias falsas que circulam pelas redes sociais", afirmou o presidente do STF, ministro Luiz Fux por videoconferência, na ocasião do lançamento do Programa UFMG de formação cidadã em defesa da democracia, no início de setembro. 

Funcionamento do STF ainda é desconhecido pela maioria


"Visa também estabelecer medidas para tonar a sociedade mais esclarecida em relação ao funcionamento da Suprema Corte", acrescentou. Pesquisa recente feita pelo Instituto Quest mostrou alto grau de desconhecimento sobre o STF: 78% dos entrevistados já ouviram falar, mas 72% não sabem dizer uma única função do Tribunal. Por isso, há também o desejo de aproximar a instituição da sociedade.  

Assim como na Suprema Corte, na UFMG, a ideia é tornar o programa uma iniciativa permanente dentro do câmpus.  "Pretendemos fazer desse programa um programa da UFMG também. A desinformação é de fato algo constituinte da educação contemporânea. Nós, enquanto instituição de ensino, temos compromisso com o conhecimento, com a ciência baseada em evidências e, principalmente, com a democracia", ressaltou a reitora da Federal de Minas, Sandra Goulart Almeida.