Em Nova York para a Assembleia-Geral da ONU, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a encontrar apoiadores na porta do hotel onde está hospedado, em cenas semelhantes às registradas em Londres, onde esteve em agenda anterior para o funeral da rainha Elizabeth 2ª.
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Questionado sobre o que faria na hipótese de perder a eleição, declarou: "Não vou falar em hipótese". Bolsonaro afirmou ainda que defenderá a imagem do país no discurso na Assembleia-Geral e citou números de melhora na economia, antes de repetir o bordão de que "O Brasil está condenado a crescer" - seu mandato, porém, encerra com maior endividamento do país.
Mais cedo, cerca de 40 apoiadores se reuniram em frente ao hotel de Bolsonaro gritando palavras de ordem e tirando fotos com autoridades e partidários notórios, como o pastor Silas Malafaia, que acompanha a comitiva do presidente aos EUA após também viajar com ele ao Reino Unido.
Bolsonaro andou a pé até a rua de trás do hotel para chegar até o veículo que o levaria à ONU, carregando consigo a claque de apoiadores, além de seguranças e jornalistas, o que chamou a atenção dos americanos que passavam pelo local.
Na noite de domingo (19/9), um grupo de cerca de 60 apoiadores e outros manifestantes discutiram na entrada do hotel. Por volta das 19h, no horário local (20h em Brasília), um grupo com cinco pessoas contrárias ao presidente chegou ao local carregando faixas com os dizeres em inglês "Brasileiros contra o fascismo" e "51 imóveis em dinheiro vivo" -referência a uma reportagem do portal UOL sobre transações da família Bolsonaro para a compra de propriedades.
Os dois grupos, então, bateram boca e trocaram xingamentos. Os bolsonaristas cantaram o hino nacional e gritaram "bandidos", "eu vim de graça" e "vai para a Venezuela", entre outras palavras de ordem. Os manifestantes contrários responderam com gritos de "genocida".
Os funcionários do local agiram para tentar separar os manifestantes e evitar que eles entrassem em embate direto. Uma viatura da Polícia de Nova York acompanhou a movimentação.