O presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL) discursou, nesta terça-feira (20/09), na abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York. Na ocasião, o presidente iniciou o seu pronunciamento falando sobre sua gestão durante a pandemia da COVID-19 no Brasil e afirmou que o país “salvou vidas”.
“Quando o Brasil se manifesta sobre a agenda da saúde pública, fazemos isso com a autoridade de um governo que, durante a pandemia da COVID-19, não poupou esforços para salvar vidas e preservar empregos”, disse Bolsonaro durante o discurso. Ele não mencionou, no entanto, que no Brasil quase 700 mil pessoas morreram em decorrência da COVID. Foi um dos paises em que mais morreram pessoas com a doença no mundo.
O presidente também exaltou a escolha que fez para “preservar” a economia durante o tempo em que a área ficou prejudicada pela impossibilidade que muitas pessoas tinham em sair para trabalhar. Com o aumento no desemprego, Bolsonaro afirmou que, “desde a primeira hora”, garantiu um auxílio financeiro para os mais necessitados. Na verdade, o auxílio financeiro de R$ 600 garantido aos mais pobres foi estabelecido pelo Congresso. O governo Bolsonaro queria pagar R$ 200.
“Como tantos outros países, concentramos nossa atenção, desde a primeira hora, em garantir um auxílio financeiro emergencial aos mais necessitados. O nosso objetivo foi proteger a renda das famílias para que elas conseguissem enfrentar as dificuldades econômicas decorrentes da pandemia. Beneficiamos mais de 68 milhões de pessoas, o equivalente a 1/3 da nossa população”, afirmou.
Bolsonaro também falou sobre o programa de imunização realizado no Brasil durante o período pandêmico. O mandatário afirmou que 80% da população brasileira está vacinada contra o vírus da COVID-19 e pontuou que a vacinação foi voluntária.
“Em paralelo, lançamos um amplo programa de imunização, inclusive com produção doméstica de vacinas. Somos uma nação com 210 milhões de habitantes e já temos mais de 80% da população vacinada contra a COVID-19. Todos foram vacinados de forma voluntária, respeitando a liberdade individual de cada um”, completou. Bolsonaro também não comentou sobre o atraso na chegada das vacinas ao Brasil devido à demora do governo em comprar os medicamentos.