O presidente Jair Bolsonaro (PL), que tenta a reeleição este ano, destinou parte do seu discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), para as mulheres, eleitorado que ele tenta atingir em sua campanha eleitoral. Realizado nesta terça-feira, o pronunciamento do presidente citou números que, segundo ele, mostram queda no número de feminicídios, ressaltando que as mulheres são “prioridade” em seu governo.
“Quero também destacar aqui a prioridade que temos atribuído à proteção das mulheres. Nosso esforço em sancionar mais de 70 normas legais sobre o tema desde o início de meu governo, em 2019, é prova cabal desse compromisso. Combatemos a violência contra as mulheres com todo o rigor. Isso é parte da nossa prioridade mais ampla de garantir segurança pública a todos os brasileiros. Os resultados aparecem em nosso governo: queda de 7,7% no número de feminicídios e diminuição do número geral de mortes por homicídio. Em 2017 eram 30 mortes por 100 mil habitantes. Agora são 19”, disse.
O presidente também afirmou que diminuiu a violência no campo, por meio do assentamento de terras, ressaltando que entregou 400 mil títulos rurais, sendo 80% para as mulheres.
Além disso, Bolsonaro pontuou que trabalha para que as brasileiras sejam “fortes e independentes” e utilizou o exemplo da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, no voluntariado.
“Trabalhamos no Brasil para que tenhamos mulheres fortes e independentes, para que possam chegar aonde elas quiserem. A Primeira Dama, Michelle Bolsonaro, trouxe novo significado ao trabalho de voluntariado desde 2019, com especial atenção aos portadores de deficiências e doenças raras”, afirmou.
Embora Bolsonaro tenha defendido em discurso a independência da mulher, há uma semana, Michele disse, em um encontro com eleitoras em Natal, que as mulheres devem ser "ajudadoras" dos seus maridos.