O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta terça-feira (20) que vai recriar o Ministério da Indústria, Comércio e Serviços, caso seja reeleito em outubro, e acrescentou que o titular da pasta será indicado por empresários.
Bolsonaro afirmou que a recriação da pasta já está "agendada" durante seminário com empresários que integram a Abras (Associação Brasileira de Supermercados). O presidente discursou de maneira virtual, pois está em Nova York (EUA), para participar da Assembleia-Geral da ONU.
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O presidente afirmou que Guedes não tem nenhuma objeção à medida.
"A ideia de montar um ministério não é tão dispendioso quanto se achava. A despesa é quase insignificante. Agora, os benefícios dessa boa administração são muito bem-vindos", afirmou Bolsonaro aos empresários.
"A criação desse ministério é o que está agendado, havendo uma reeleição, e a indicação tem que vir de vocês", completou.
Bolsonaro também foi questionado sobre a ampliação da desoneração da folha de pagamento, de forma a beneficiar mais setores.
Ele indicou que pode incluir mais setores na desoneração da folha de pagamento —que está em vigor até 2023, beneficiando 17 setores.
A desoneração da folha permite às empresas dos setores beneficiados pagarem alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, em vez de 20% sobre a folha de salários.
"O que eu vejo nessa questão? Tem a visão da economia, do Paulo Guedes e a minha: nós estamos batendo recordes de arrecadação no Brasil. A gente não precisa voltar a cobrar, inserir 20% na folha de salário. Continuam esses setores, de 1% a 4,5%, 17 setores, e pode, no meu entender, agregar alguns setores", afirmou o presidente.
"Acredito que o Paulo Guedes vá aceitar a inclusão de mais categorias nessa pauta da desoneração, até porque estamos batendo recorde de arrecadação", afirmou.
Bolsonaro na sequência citou o exemplo da redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). Disse que a população, ao economizar na compra de um eletrodoméstico, usa esses recursos para novas compras.
Em outro momento, Bolsonaro criticou o inchaço do setor público. Afirmou que ele próprio conseguiu promover uma reforma administrativa por não realizar concursos públicos. Disse que apenas abriu para processos para novas vagas quando era extremamente necessário, citando os concursos para a Polícia Rodoviária Federal.