"Minha geração sabe o que é o cuidado do presidente Lula, como ele cuidou do povo que sofria, da fome, da saúde e da educação. Tenho muito orgulho de ser apoiado pelo Lula. Isso me envaidece muito - inclusive, por ter me aproximado dele e ter me tornado amigo dele. Isso, para mim, é muito legal", afirmou.
A relação entre Lula e Kalil se estreitou neste ano, quando o ex-presidente incentivou o político do PSD a concorrer ao Palácio Tiradentes. "Tenho um trabalho em comum (com Lula). Cuidamos do povo desta cidade. Também cuidamos de gente. Isso nos deu uma sintonia. Tenho muito orgulho de estar sendo apoiado pelo presidente Lula", explicou.
A aliança Kalil-PT fez o PSD entregar ao deputado estadual petista André Quintão a candidatura a vice-governador. "Lula é o candidato mais popular do Brasil porque foi o cara que cuidou de gente. Ele governou com amor, sabe cuidar de gente", pontuou Kalil.
Embora a direção nacional do PSD tenha optado pela neutralidade na corrida ao Palácio do Planalto, a direção do partido em Minas apoia Lula. Prova disso é que o candidato ao Senado pelo grupo político do ex-presidente no estado é o pessedista Alexandre Silveira, que tenta a reeleição.
Kalil diz que Lula é 'luz' e crê em vitória no 1° turno
Ao podcast de Política "EM Entrevista", Kalil mostrou crença na vitória de Lula ante Jair Bolsonaro (PL) já em 2 de outubro. Segundo ele, o candidato do PT é "uma esperança" e "uma luz" para o país."Estou convicto de que Lula leva no primeiro turno. Vamos passar para a luz. A barbárie acaba no domingo (da eleição). Se tem um cara que não pode falar em 'barbaridades' na pandemia, é o bárbaro que está nos governando", falou, em menção a Bolsonaro.
Na segunda-feira (19), pesquisa do Ipec, controlado por executivos do extinto Ibope, apontou que Lula tem, de fato, chances de triunfar no 1° turno. Segundo o levantamento, registrado junto à Justiça Eleitoral sob o número BR- BR- 00073/2022, o petista lidera com 47% das intenções de voto, ante 31% de Bolsonaro.
Aliança é aposta para 'arrumar' Minas Gerais
Ainda ontem, Kalil afirmou que a prioridade de sua eventual gestão no estado será 'matar a fome' das pessoas em situação de vulnerabilidade social. Ao contrário do governador Romeu Zema (Novo), que aposta no Regime de Recuperação Fiscal (RRF) como saída para renegociar a dívida de Minas junto à União, Kalil deposita fichas na articulação política. Ele demonstrou temor com possíveis prejuízos do RRF a políticas públicas e ao funcionalismo."Tenho a palavra do presidente da República (Lula, se eleito) de que vamos arrumar Minas Gerais", falou, projetando diálogos com o petista para debater a situação do estado.
A união a Lula é, também, um dos trunfos eleitorais de Kalil. No início do mês, pesquisa do Instituto F5 Atualiza Dados, divulgada com exclusividade pelo EM e protocolada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob os números MG-03242/2022 e BR-01335/2022, mostrou que Kalil está quase 17 pontos atrás de Zema.
São 47,8% das intenções de voto para o candidato à reeleição, contra 30,9% do ex-prefeito. Quando associado ao petista, porém, Kalil toma a dianteira e passa a ter 43,9%, contra 35% de Zema, associado a Felipe d'Avila, presidenciável do Novo.
Na sexta-feira (23), Lula, Kalil e Alexandre Silveira estarão juntos em comício em Ipatinga, no Vale do Aço. "Vamos fazer um grande comício em Ipatinga. Ele (Lula) está vindo. A gente conversa quase todos os dias", afirmou o candidato ao governo.
Será a terceira passagem de Lula por Minas Gerais durante a campanha eleitoral. No mês passado, ele abriu o período de caça aos votos com um ato em Belo Horizonte e, na quinta-feira (15), esteve em Montes Claros, no Norte.
"Lula dá uma importância muito grande para o nosso estado", assegurou Kalil.