Ao ser questionado sobre a importância de Minas Gerais nas eleições presidenciais, o candidato ao Planalto pelo PDT, Ciro Gomes, disse, em entrevista ao Correio Braziliense, nesta quinta-feira (22/9), que é “único que tem propostas” para o Estado.
“Eu sou um abolicionista numa terra de uma elite dramaticamente escravocrata. Eu sou um candidato contra o sistema, não porque é fácil”, afirmou o candidato. “Se você pegar a briga do Bolsonaro com o Lula é para ver quem vai pegar na manivela. O Bolsonaro é um mal criado, bruto, fascistóide. O Lula é mais delicado… Mais coisa… É óbvio. Mas passou daí, é tudo igual”, explicou.
Ao falar a respeito do governo mineiro, ele afirmou que espera que “Minas seja Minas”.
“Em Minas Gerais, o PDT apoia o PSDB. Tem o Marcos Pestana. Não tem um desenvolvimento incrível nas pesquisas, mas Minas surpreende. Sabemos disso da última eleição. Eu estou aqui esperando que Minas seja Minas”, brincou.
Para Ciro, ele é o único com propostas para o estado.
“Eu sou o único que dá a cara para bater. Eles preferem o Satanás do que eu ser presidente do Brasil. Eu proponho uma revolução”, disse.
“Agora para Minas, eu sou o único que tem uma proposta. Porque liquidaram o Palácio Tiradentes. Tem uma dívida. Então hoje você tem uma Minas pendurada em liminar. Eu sou o único que entendo disso. Eu conheço os ativos da Codemig. Agora pergunta se os outros candidatos conhecem sobre isso? Não. Mas, eu? Eu tenho detalhes", comentou.
Ciro ainda disse que quer “libertar” Minas Gerais. “Ainda em seis meses”, disse.
Durante entrevista, Ciro ainda citou os estados de São Paulo e Minas Gerais como exemplos. “As pessoas queriam protestar contra a corrupção generalizada que representa Lula e o PT. Além da gravíssima crise econômica”, disse o ex-ministro.
Para Ciro, ele é o único que tem propostas reais para mudar o país. “Mais do mesmo, só dá no mesmo”, seguiu.
"Sou o único candidato que tem uma proposta. E tenho detalhes", brincou.
De acordo com o ex-ministro, a famosa frase do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre "o brasileiro precisar voltar a comer picanha e tomar sua cervejinha" não é conversa fiada.
“Cerveja e picanha não são conversa fiada do Lula. Cerveja e picanha são consequência de uma pequena sobra no rendimento do trabalho. E eu tô com uma proposta que é muito audaciosa, mas também diz de onde vem o dinheiro. Primeiro, eu quero banir a pobreza do lar de 24 milhões de famílias brasileiras, onde ela está hoje. Como fazer isso? Qual é a definição de pobreza? Sob o ponto de vista individual, rendimento igual ou inferior a R$ 471 por cabeça dentro do domicílio por mês”, explicou o pedetista.
Ciro detalhou que o programa seria financiado a partir do cálculo baseado em todos os demais programas de transferência de renda, como o antigo Bolsa Família, agora Auxílio Brasil, aposentadoria rural e BPC. O candidato explicou que a iniciativa seria financiada pela taxação das grandes fortunas.
“Eu quero vincular a arrecadação de grandes fortunas de 0,5% sobre os patrimônios iguais ou superiores a R$ 20 milhões, de maneira que cada super-rico no Brasil vai financiar o fim da pobreza em 871 brasileiros humildes. Isso permite que a fome, as necessidades básicas sejam extintas. Tudo mais que o cidadão ganhar aí será para a cervejinha”, concluiu.
O pedetista participou nesta manhã de sabatina organizada pelo programa CB.Poder, uma parceria do Correio Braziliense com a TV Brasília.
O pedetista participou nesta manhã de sabatina organizada pelo programa CB.Poder, uma parceria do Correio Braziliense com a TV Brasília.