Faltando pouco mais de uma semana para as eleições, que acontecem no dia 2 de outubro, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Minas Gerais (Abrasel), fez um pedido ao governador Romeu Zema (Novo) para que o estado não decrete Lei Seca durante o pleito, inclusive em um possível segundo turno. O domingo representa 35% do faturamento semanal de bares e restaurantes.
De acordo com o presidente da Abrasel-MG, Matheus Daniel, o pedido foi enviado há cerca de dois meses e reforçado em um encontro com o governador na última segunda-feira (19/9). A informação é que Zema é favorável ao pedido da associação, mas ainda precisa convencer o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG) e as forças de segurança.
De acordo com o presidente da Abrasel-MG, Matheus Daniel, o pedido foi enviado há cerca de dois meses e reforçado em um encontro com o governador na última segunda-feira (19/9). A informação é que Zema é favorável ao pedido da associação, mas ainda precisa convencer o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG) e as forças de segurança.
A Abrasel argumenta que em outros 17 estados a proibição da venda de bebidas alcoólicas não ocorreu nas eleições municipais de 2020, incluindo nos outros dois maiores colégios eleitorais do país, Rio de Janeiro e São Paulo. A proibição da venda de bebidas alcoólicas fica a cargo das unidades federativas.
“É penalizar um setor que já foi muito penalizado durante a pandemia por um, ou até dois domingos. Perder 35% do faturamento não é brincadeira, principalmente com o alto endividamento do setor”, diz Matheus Daniel.
Em 2020, pedido da Abrasel não foi atendido
Durante o pleito de 2020, no primeiro ano de pandemia, quando bares e restaurantes passaram grande parte do ano fechado, a venda de bebidas entre 6h e 18h no dia da votação foi proibida. A Abrasel chegou a fazer um pedido de liberação no Estado, mas o juiz federal Itelmar Raydan Evangelista indeferiu o recurso apresentado.
Na época, o TRE-MG informou que a decisão judicial foi tomada depois de deliberação com órgãos do governo estadual, que não se posicionou oficialmente sobre o tema. O tribunal ainda argumentou que a ingestão de bebida alcoólica, em dia de eleições, pode gerar transtornos e comprometer a boa ordem.
Na época, o TRE-MG informou que a decisão judicial foi tomada depois de deliberação com órgãos do governo estadual, que não se posicionou oficialmente sobre o tema. O tribunal ainda argumentou que a ingestão de bebida alcoólica, em dia de eleições, pode gerar transtornos e comprometer a boa ordem.
Matheus rebate dizendo ser raro encontrar notícias de confusão influenciada pelo consumo de álcool em dia de eleição e fala que é hipocrisia achar que as pessoas não bebem. “As pessoas no domingo vão beber. É preciso parar de infantilizar o mineiro”, afirma Matheus.
*Estagiário sob supervisão do subeditor Eduardo Oliveira
O "Beabá da Política"
A série Beabá da Política reuniu as principais dúvidas sobre eleições em 22 vídeos e reportagens que respondem essas perguntas de forma direta e fácil de entender. Uma demanda cada vez maior, principalmente entre o eleitorado brasileiro mais jovem. As reportagens estão disponíveis no site do Estado de Minas e no Portal Uai e os vídeos em nossos perfis no TikTok, Instagram, Kwai e YouTube.