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Estado de Minas

Kalil faz discurso confiante na reta final

Em comício no Vale do Aço ao lado de Lula, ex-prefeito de BH afirma que governador e presidente são iguais e fala em "ordem de despejo"


24/09/2022 04:00

Alexandre Kalil (PSD), candidato ao governo de Minas
"Vamos tirar os negacionistas, os insensíveis, aqueles que acham que o estado é zero, que o povo tem de se virar" (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

 

 

 

Ipatinga – O candidato do PSD ao governo de Minas Gerais, Alexandre Kalil, subiu o tom nas críticas contra Romeu Zema (Novo), seu rival e postulante à reeleição. Ontem, durante comício em Ipatinga, no Vale do Aço, o ex-prefeito de Belo Horizonte associou Zema ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e disse que ambos “não fazem p*rra nenhuma”. Ao lado do presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Kalil mostrou confiança em uma “onda vermelha” para levar o aliado ao Palácio do Planalto. O senador Alexandre Silveira (PSD), que concorre à reeleição, reforçou o alinhamento com Lula e defendeu a construção, no Congresso Nacional, de uma bancada defensora da reindustrialização nacional.

 

Anteontem, pesquisa do Datafolha apontou redução de oito pontos na diferença entre Zema e Kalil. Segundo o levantamento, registrado junto à Justiça Eleitoral sob o número MG-08517/2022, o governador tem, agora, 48%, contra 28% do aliado de Lula. Embora não tenha se referido explicitamente aos novos números, o ex-prefeito de BH mostrou confiança em reversão do cenário. “Esta semana, parece que estamos datilografando a ordem de despejo dos dois (Zema e Bolsonaro). Vamos tirar os negacionistas, os insensíveis, aqueles que acham que o estado é zero, que o povo tem de se virar. Vou parafrasear o presidente Lula ontem (anteontem) no SBT: os dois não fazem p*rra nenhuma”, bradou.

 

Durante o discurso, Kalil taxou Zema e Bolsonaro de “insensíveis” e afirmou que eles são “iguais”. “Ignoram professor, servidores. Não passa de uma calculadora sentada na cadeira de governador. Vamos tirar essa calculadora. Temos oito dias”, pediu. Kalil voltou a relembrar o estreitamento da relação entre ele e Lula. “Sou muito grato e leal a esse homem. Independentemente do que acontecer, apesar da onda vermelha estar vindo e inundar esse estado – e eles estão com medo –, obrigado, presidente Lula, por tudo o que o senhor tem me ensinado e feito por mim”, disse.

 

A “onda” citada pelo candidato ao governo foi mencionada, também, por Alexandre Silveira. “Tenho absoluta convicção que existe uma onda no Brasil. Uma onda para eleger o presidente Lula e os seus aliados, aqueles que estão sintonizados com seu projeto de país”, garantiu o senador. “O povo brasileiro colocou uma barreira no ódio, no rancor, na incompetência, na falta de gestão, na falta de liderança e na falta de respeito com as mulheres. Por isso, vai voltar com o senhor para poder presidir o Brasil”, pontuou.

 

IndÚstria 'pujante' Senador desde fevereiro deste ano, quando assumiu a vaga do colega de partido Antonio Anastasia, empossado ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Silveira defendeu que Minas volte a ter uma “Usiminas pujante” – referência à indústria de aço instalada no Vale do Aço. “Lula precisará de uma bancada comprometida. De gente que pensa igual a ele e quer, tanto quanto ele, construir uma sociedade mais justa, fraterna, solidária, igual e unida. Tenho a absoluta convicção de que Lula vai unir o Brasil – o que é fundamental para avançar na melhoria da qualidade da saúde, da educação, das estradas e na reindustrialização”, projetou.

 

Silveira defendeu a vitória de Lula sob a perspectiva do Vale do Aço. “As últimas grandes realizações na região aconteceram nos governos do senhor e da Dilma. Todos que estão aqui sabem bem”, assegurou. “Esse povo está aqui porque foi cuidado e, depois, abandonado”, ponderou Kalil, em tom semelhante. André Quintão, candidato a vice-governador na chapa de Alexandre Kalil, seguiu a linha adotada pelo companheiro de coalizão. “Não podemos eleger o presidente Lula e, aqui em Minas, um aliado despistado do Bolsonaro, que é o governador Zema”, protestou.



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