O presidente Jair Bolsonaro (PL) caracterizou, neste domingo (25/9) como "estapafúrdia" a decisão do corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Benedito Gonçalves, que mandou tirar do ar a live da última quarta-feira, quando o presidente fez propaganda eleitoral para aliados usando a estrutura do Palácio da Alvorada.
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Perguntado se recorrerá da decisão, o presidente rebateu concluindo: "Pergunta para a Advocacia-Geral da União".
O magistrado Benedito Gonçalves também proibiu que o presidente da República utilize recursos e instalações públicas para fazer transmissões com cunho eleitoral, além de impedi-lo de usar até mesmo o intérprete de libras que serve nos eventos de governo.
A decisão do ministro foi tomada na última sexta-feira. Segundo o corregedor do TSE, "os indícios até aqui reunidos indicam que, no caso, tanto o imóvel destinado à residência oficial do presidente da República quanto os serviços de tradução para libras custeados com recursos públicos foram destinados à produção de material de campanha. Trata-se, ademais, de recursos inacessíveis a qualquer dos demais competidores".
Gonçalves salientou, também, que "os elementos presentes nos autos são suficientes para concluir, em análise perfunctória, que o acesso a bens e serviços públicos, assegurado a Jair Messias Bolsonaro por força do cargo de chefe de governo, foi utilizado em proveito de sua campanha e de candidatos por ele apoiados", disse.
Minutos antes, Bolsonaro aproveitou o domingo sem agenda oficial para passear de moto pelas ruas de Brasília. No trajeto, parou em um quiosque no Guará II onde comeu um frango assado na brasa acompanhado de um copo de refrigerante. Ele cumprimentou e tirou fotos com apoiadores.
Depois, conversou com apoiadores pela Esplanada e retornou à residência oficial.