No vídeo, o presidente da Câmara Municipal de Santa Luzia, Wander Carvalho (PSD), passa a palavra ao vereador Waguinho (Avante). Enquanto o parlamentar fala sobre problemas de alagamento de um bairro do município, uma mulher se aproxima e beija Lelei. Não é possível ver o rosto dela. Após alguns minutos, o vereador parece se lembrar que a câmera está aberta e esboça uma reação de surpresa.
A reportagem do Estado de Minas entrou em contato com Lelei da Autoescola. Em nota, ele afirma que sofre “ataques por meio de uma minoria política nas mídias sociais.”
“Está sendo veiculado um vídeo transmitido ao vivo pela Câmara Municipal de Santa Luzia, o qual eu retribuo um gesto de carinho (beijo) em ato de despedir-me. Sendo assim, quero me desculpar a todos que se sentiram desrespeitados com meu ato, que aconteceu a (sic) 1 (um) ano atrás.
Saliento a perseguição política que venho sofrendo, afirmo que estou vereador em Santa Luzia, eleito democraticamente e trabalho duro todos os dias para cumprir o meu papel com excelência. São mais de 200 Indicações, 700 ofícios, dedico-me à saúde e desenvolvimento social de Santa Luzia destinando emendas impositivas para hospitais, postos de saúde e entidades que auxiliam aqueles que vivem em vulnerabilidade social.
Tanto trabalho não seria bem visto por aqueles que desejam a ruína de Santa Luzia. Uma minoria que não quer o crescimento da cidade e para isso agem de maneira suja e descabida.”
O vereador ressalta ainda que as difamações contra ele estão nas mãos de seu corpo jurídico que tomarão as medidas cabíveis “para que todos sejam responsabilizados pelos seus atos.”
Também procurado, o presidente do Legislativo, Wander Carvalho, explicou que, provavelmente, o vídeo é antigo, já que as sessões da Câmara Municipal já voltaram a ser presenciais. “Ainda estamos averiguando. Reunião on-line existiu na Câmara no ano passado, por causa da pandemia.”
Carvalho afirma que não teve acesso ao vídeo e que precisa saber se o registro é verdadeiro e não sofreu algum tipo de alteração. Diz ainda que uma investigação por eventual quebra de decoro precisaria ser analisada.
Segundo ele, é preciso haver um pedido nesse sentido, por um outro vereador ou algum cidadão, pois a Câmara não pode agir de ofício. O pedido seria analisado pela Comissão de Ética da Casa. Porém, de acordo com o presidente, até o momento, ainda não houve apresentação de requerimento.
Segundo ele, é preciso haver um pedido nesse sentido, por um outro vereador ou algum cidadão, pois a Câmara não pode agir de ofício. O pedido seria analisado pela Comissão de Ética da Casa. Porém, de acordo com o presidente, até o momento, ainda não houve apresentação de requerimento.