O crescimento de cinco pontos de Alexandre Kalil (PSD) na mais recente pesquisa Ipec sobre a disputa pelo governo de Minas Gerais e o desempenho dele no debate da TV Globo fizeram crescer a confiança da campanha do ex-prefeito de Belo Horizonte em um segundo turno. Integrantes do entorno de Kalil, ouvidos sob reservas pelo Estado de Minas nesta quarta-feira (28/9) acreditam ser possível viabilizar um confronto direto com Romeu Zema (Novo).
A ideia é que o segundo turno ocorra a reboque do aumento das intenções de voto no estado do presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que apoia o candidato do PSD. Segundo o Ipec, Lula venceria o confronto contra Jair Bolsonaro (PL) no primeiro turno em Minas.
O debate de ontem foi o primeiro com a participação de Zema, que faltou aos encontros organizados, respectivamente, por TV Alterosa/EM/Portal Uai e pelo "Grupo Bandeirantes".
Um integrante do alto escalão da campanha de Kalil apontou "fragilidade" na postura demonstrada por Zema durante o enfrentamento.
"Todos os candidatos ganharam e Zema perdeu", disse o interlocutor.
Durante o debate, Zema reforçou a estratégia adotada por sua campanha desde o início do período eleitoral. Sob a expressão "PT-Pimentel", ele centrou esforços em atribuir os problemas financeiros do estado à gestão de Fernando Pimentel (PT).
Segundo o levantamento divulgado ontem pelo Ipec, Zema aparece com 45% das intenções de votos - o governador oscilou para baixo, dentro da margem de erro de dois pontos, pois tinha 46% no dia 20. Do outro lado, Kalil subiu cinco pontos e chegou a 34%.
Hoje, durante caminhada em Divinópolis, no Centro-Oeste mineiro, o pessedista afirmou que o adversário foi aos estúdios da Globo ontem por causa dos números da sondagem. "A pesquisa de ontem foi mortal e ele (Zema) viu", falou. Os 45% de Zema representam 51,7% dos votos válidos. Portanto, para forçar um segundo turno, o governador precisa desidratar em 1,7 pontos.
Lula, por sua vez, atingiu 49% em Minas, conforme o mesmo Ipec. O índice representa crescimento de três pontos em relação ao visto na semana passada. Enquanto isso, Bolsonaro aparece com 31%, mesmo percentual de 20 de setembro.
Nos círculos da coligação liderada pelo PSD de Minas, a reação de Kalil é interpretada como movimento associado ao crescimento de Lula no estado.
Integrantes da campanha do ex-prefeito belo-horizontino têm utilizado a expressão "onda vermelha" - a mesma que o próprio Kalil usou na sexta-feira (23), durante comício com o presidenciável petista em Ipatinga, no Vale do Aço.
"Independentemente do que acontecer, apesar da onda vermelha estar vindo e inundar esse estado - e eles estão com medo -, obrigado, presidente Lula, por tudo o que o senhor tem me ensinado e feito por mim", afirmou o pessedista.
O executivo de outro instituto, por sua vez, afirmou que as chances de segundo turno aumentaram.
O voto "Luzema" é encarado com naturalidade, inclusive, pelo governador mineiro."O eleitor é pragmático. Ele vota onde percebe que há melhores perspectivas e tivemos no passado uma coincidência durante o governo do presidente Lula de uma série de fatores no mundo, como a alta das commodities, que fez com que o Brasil vivesse um momento bom. Não podemos falar que a gestão dele foi boa. Houve um momento bom, mas causado por conjunturas externas", opinou Zema, na semana passada, à "Folha de S. Paulo".
Hoje, enquanto Kalil estava em Divinópolis, Quintão se deslocava para cumprir compromissos em cidades como Muriaé e Manhuaçu, na Zona da Mata.
A pesquisa Ipec citada neste texto está registrada junto ao Tribunal Superior Eleitoral sob o número MG-00909/2022. O nível de confiança é de 95%. Duas mil pessoas foram entrevistadas.
A ideia é que o segundo turno ocorra a reboque do aumento das intenções de voto no estado do presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que apoia o candidato do PSD. Segundo o Ipec, Lula venceria o confronto contra Jair Bolsonaro (PL) no primeiro turno em Minas.
O debate de ontem foi o primeiro com a participação de Zema, que faltou aos encontros organizados, respectivamente, por TV Alterosa/EM/Portal Uai e pelo "Grupo Bandeirantes".
Um integrante do alto escalão da campanha de Kalil apontou "fragilidade" na postura demonstrada por Zema durante o enfrentamento.
"Todos os candidatos ganharam e Zema perdeu", disse o interlocutor.
Durante o debate, Zema reforçou a estratégia adotada por sua campanha desde o início do período eleitoral. Sob a expressão "PT-Pimentel", ele centrou esforços em atribuir os problemas financeiros do estado à gestão de Fernando Pimentel (PT).
Queda na distância e crença em 'onda vermelha'
Segundo o levantamento divulgado ontem pelo Ipec, Zema aparece com 45% das intenções de votos - o governador oscilou para baixo, dentro da margem de erro de dois pontos, pois tinha 46% no dia 20. Do outro lado, Kalil subiu cinco pontos e chegou a 34%.
Hoje, durante caminhada em Divinópolis, no Centro-Oeste mineiro, o pessedista afirmou que o adversário foi aos estúdios da Globo ontem por causa dos números da sondagem. "A pesquisa de ontem foi mortal e ele (Zema) viu", falou. Os 45% de Zema representam 51,7% dos votos válidos. Portanto, para forçar um segundo turno, o governador precisa desidratar em 1,7 pontos.
Lula, por sua vez, atingiu 49% em Minas, conforme o mesmo Ipec. O índice representa crescimento de três pontos em relação ao visto na semana passada. Enquanto isso, Bolsonaro aparece com 31%, mesmo percentual de 20 de setembro.
Nos círculos da coligação liderada pelo PSD de Minas, a reação de Kalil é interpretada como movimento associado ao crescimento de Lula no estado.
Integrantes da campanha do ex-prefeito belo-horizontino têm utilizado a expressão "onda vermelha" - a mesma que o próprio Kalil usou na sexta-feira (23), durante comício com o presidenciável petista em Ipatinga, no Vale do Aço.
"Independentemente do que acontecer, apesar da onda vermelha estar vindo e inundar esse estado - e eles estão com medo -, obrigado, presidente Lula, por tudo o que o senhor tem me ensinado e feito por mim", afirmou o pessedista.
A caça de Kalil por votos à esquerda
O diretor de um instituto de pesquisas que costuma promover levantamentos sobre a corrida eleitoral em Minas apontou que, para consolidar a reação, Kalil precisa recuperar votos de eleitores de orientação à esquerda. Segundo ele, dados mostram que um terço dos votantes de Minas que escolheram Ciro Gomes (PDT) ou Fernando Haddad (PT) na eleição presidencial de 2018 estão caminhando com Zema.O executivo de outro instituto, por sua vez, afirmou que as chances de segundo turno aumentaram.
O voto "Luzema" é encarado com naturalidade, inclusive, pelo governador mineiro."O eleitor é pragmático. Ele vota onde percebe que há melhores perspectivas e tivemos no passado uma coincidência durante o governo do presidente Lula de uma série de fatores no mundo, como a alta das commodities, que fez com que o Brasil vivesse um momento bom. Não podemos falar que a gestão dele foi boa. Houve um momento bom, mas causado por conjunturas externas", opinou Zema, na semana passada, à "Folha de S. Paulo".
Kalil e vice continuam 'separados' para ampliar roteiro
Na reta final da campanha, Kalil e seu candidato a vice, o deputado estadual André Quintão, do PT, vão manter a tática de se separar em parte das agendas. Para visitar o maior número possível de localidades, eles têm apostado incursões solo de parte a parte. Em outros eventos, contudo, participam juntos.Hoje, enquanto Kalil estava em Divinópolis, Quintão se deslocava para cumprir compromissos em cidades como Muriaé e Manhuaçu, na Zona da Mata.
A pesquisa Ipec citada neste texto está registrada junto ao Tribunal Superior Eleitoral sob o número MG-00909/2022. O nível de confiança é de 95%. Duas mil pessoas foram entrevistadas.