Fernando Haddad (PT) tem 41% dos votos válidos e lidera a eleição para o Governo de São Paulo, de acordo com pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (29/9).
Em segundo lugar está Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 31%. O atual governador Rodrigo Garcia (PSDB) marca 22% e fica em terceiro, a três dias da votação.
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Mas, na trajetória de longo prazo, Haddad vem caindo, enquanto os adversários têm subido. Em 18 de agosto, o petista tinha 52% dos votos válidos, enquanto Tarcísio marcava 21% e Rodrigo, 15%.
O Datafolha passou a destacar o resultado dos votos válidos, que exclui da conta de intenção de votos brancos, nulos e indecisos, pois esse é o critério usado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para contabilizar o resultado do pleito.
Na pesquisa desta quinta, Carol Vigliar (UP), Gabriel Colombo (PCB), Elvis Cezar (PDT), Antonio Jorge (DC), Edson Dorta (PCO) e Vinicius Poit (Novo) têm 1% dos votos válidos, cada um. Altino (PSTU) não pontuou.
Considerando os votos totais, Haddad tem 35% (eram 34% na pesquisa anterior), Tarcísio marca 26% (23% na anterior) e Rodrigo aparece com 18% (eram 19%). Há 8% (antes, 9%) que não sabem e 8% (eram 11%) de brancos ou nulos.
A nova pesquisa Datafolha, contratada pela Folha de S.Paulo e pela TV Globo, ouviu 2.000 pessoas, em 85 cidades do estado, de terça-feira a quinta. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos. O índice de confiança é de 95%. O levantamento foi registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número SP-07547/2022.
Último debate
Na reta final, os candidatos intensificaram os ataques nas propagandas eleitorais e nos debates motivados por dois fatores --a briga direta entre Tarcísio e Rodrigo por uma vaga no segundo turno e a indicação das pesquisas de que o tucano tem desempenho melhor contra o petista do que o bolsonarista.
No último debate, realizado pela TV Globo, na terça-feira, Tarcísio e Haddad se uniram para criticar e isolar Rodrigo.
Nas campanhas dos dois primeiros, há otimismo e expectativa de que cheguem à votação numa onda crescente --no caso do PT, sobretudo embalados pelo voto útil em Lula (PT) para encerrar a eleição no primeiro turno.
Entre os tucanos, a leitura é a de que a eleição está aberta, dado o percentual de indecisos --público que Rodrigo busca conquistar.
A pesquisa espontânea indica que 39% dos eleitores não escolheram um candidato, mas esse número vem caindo a cada rodada do levantamento (em junho, eram 72%). Haddad marca 21%, Tarcísio tem 16% e Rodrigo, 9%.
O Datafolha perguntou aos eleitores sobre a convicção de seu voto --69% estão decididos e 30% admitem que ainda podem mudar. O candidato que tem eleitores mais convictos é Tarcísio (76% decididos e 24% que podem mudar).
Entre quem escolhe Haddad há 72% de convictos e 28% de voláteis. Para Rodrigo, os índices são de 67% e 32%.
Rodrigo lidera como segunda opção de voto, com 19%. Tarcísio marca 16%, e Haddad, 14%.
A segunda opção de voto para eleitores de Haddad é Rodrigo para 26% e Tarcísio para 19%. Se não forem votar em Tarcísio, seus eleitores se dividem entre Haddad (25%) e Rodrigo (27%). Já os que declaram voto em Rodrigo poderiam migrar para Haddad (26%) e Tarcísio (30%).
Segundo turno
A pesquisa traz duas simulações de segundo turno. Entre Haddad e Rodrigo, a diferença é apertada: 45% a 40% (era 46% a 41%).
Já entre Haddad e Tarcísio, há uma distância maior: 48% a 40% (8 pontos), mas que vem diminuindo --era 49% a 38% antes, uma diferença de 11 pontos.
Se Rodrigo não for para o segundo turno, o percentual de eleitores tucanos que escolhem Tarcísio é 47% ante 36% de Haddad.
Caso Tarcísio não chegue à segunda etapa, seus eleitores preferem Rodrigo (62%) a Haddad (14%).
No total, 46% dos eleitores de São Paulo acertaram o número do seu candidato a governador --5% erraram e 49% não souberam. O índice de menções corretas é maior entre os eleitores de Haddad: 58% acertam, 1% erra e 41% não sabem.
Quem declara voto em Tarcísio se divide entre 46% que acertam, 47% que não sabem e 8% que erram. Para Rodrigo, são 37% de acertos, 8% de erros e 55% que não sabem.
Ao mesmo tempo em que lidera a corrida, Haddad é o candidato mais rejeitado e também o mais conhecido. Os índices de rejeição e de conhecimento dos candidatos têm relação.
O petista, por exemplo, que foi prefeito de São Paulo e ministro da Educação no governo Lula, é conhecido por 93% dos entrevistados, sendo que 37% (eram 39%) declaram que não votariam nele de jeito nenhum.
Tarcísio, ex-ministro de Infraestrutura do governo Bolsonaro, é conhecido por 67% e rejeitado por 29% (eram 27% na pesquisa anterior).
Rodrigo, que era vice-governador de João Doria (PSDB) e assumiu a cadeira em abril, tem 61% de conhecimento e 20% de rejeição (18% antes).
Entre os postulantes que têm 1% ou menos das intenções de voto, o índice de rejeição é de 19% para Altino (PSTU), 16% para Elvis Cezar (PDT) e Antonio Jorge (DC) e 15% para Edson Dorta (PCO), Gabriel Colombo (PCB), Vinicius Poit (Novo) e Carol Vigliar (UP).
Entre os postulantes que têm 1% ou menos das intenções de voto, o índice de rejeição é de 20% para Altino, 18% para Elvis, 17% para Antonio, 16% para Edson e Gabriel, e 18% para Poit e Carol. Há 4% que rejeitam todos, 4% que não rejeitam nenhum, e 10% que não sabem.
A pesquisa mediu ainda a avaliação do governo de Rodrigo em São Paulo.
Para 30% dos entrevistados (antes 27%), a gestão é ótima ou boa; 40% (46%) a avaliam como regular e 18% (15%) como ruim ou péssima. Outros 12% não sabem.
VOTOS VÁLIDOS
Fernando Haddad (PT): 41% (42% há uma semana)
Tarcísio de Freitas (Republicanos): 31% (28% há uma semana)
Rodrigo Garcia (PSDB): 22% (23% há uma semana)