O apoio dado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faz Alexandre Kalil, candidato do PSD ao governo mineiro, crer em um segundo turno contra Romeu Zema (Novo), postulante à reeleição. Ontem (29/9), em Juiz de Fora, na Zona da Mata, o ex-prefeito de Belo Horizonte afirmou ter "serviços mostrados" na capital mineira. Entre esta sexta-feira (30/9) e amanhã (1/10), Kalil deve cumprir agendas em Belo Horizonte e Contagem, na Região Metropolitana. O entorno belo-horizontino é, segundo levantamentos eleitorais, a localidade mais favorável ao pessedista.
"Temos serviços prestados e mostrados. Tentamos mostrar ao estado como tratamos a educação, a infraestrutura e a saúde da cidade, principalmente. Estamos com o presidente Lula nessa arrancada final, tenso dos dois lados. Precisamos eleger Lula no primeiro turno e ir ao segundo turno (em Minas) para mostrar o que está acontecendo", disse, ontem, em entrevista à afiliada da TV Alterosa na Zona da Mata e no Campo das Vertentes.
Em solo juiz-forano, Kalil voltou a falar sobre a amizade que Lula e ele construíram. "O povo de Minas reconhece o que Lula fez aqui, e Lula reconhece como trabalhamos com gente que precisa - com saúde e educação, principalmente", falou.
A entrevista do concorrente ao Palácio Tiradentes à afiliada da Alterosa na região de Juiz de Fora faz parte de uma estratégia para amplificar a candidatura por meio de conversas com veículos do interior. Na semana passada, por exemplo, a ida à Varginha, no Sul de Minas, teve como principal compromisso a passagem por uma emissora local.
"Não tenho o menor arrependimento de ter levantado da prefeitura da terceira maior capital do país. Fiquei muito honrado. Enriqueceu muito minha vida essa caminhada. Tenho certeza que, no dia 3, vamos para o segundo turno e debater o estado. Lula vai estar eleito no primeiro turno e, se Deus quiser, virá fazer campanha com a gente aqui. E vamos ter uma vitória retumbante em Minas", pontuou.
Kalil começou a rodar o estado em abril, ainda durante a pré-campanha, e sem que a coalizão com Lula estivesse concretizada. Depois, intensificou as viagens e, em muitas delas, esteve ladeado por lideranças locais à esquerda. Em Juiz de Fora, por exemplo, o pessedista citou, em tom elogioso, a prefeita Margarida Salomão (PT).
Outra ideia para esta reta de chegada é amplificar o nome de Kalil interior afora. Por isso, ele e o candidato a vice-governador, André Quintão (PT), têm feito viagens solo. Ontem, enquanto o líder da chapa estava em Juiz de Fora, Quintão bateu ponto em Manhuaçu, também na Zona da Mata. Hoje, em BH, o candidato do PSD vai se encontrar com mobilizadores de sua campanha e, também, da campanha de Lula.
Como mostrou na quarta-feira (28/9) o Estado de Minas, o debate da TV Globo, na terça-feira, chegou a aumentar, na equipe de Kalil, a confiança em um segundo turno. O desempenho de Zema na televisão foi avaliado negativamente. Um dos interlocutores ligados ao PSD, inclusive, chegou a apontar "fragilidade" no governador.
À Alterosa da Zona da Mata, Kalil voltou a criticar o político do Novo. "Temos que trocar a calculadora da cadeira do governador por um coração. Tem de funcionar a calculadora, mas tem de ter o coração. Como impede um menino de ficar refém do tráfico? Dando escola integral a ele. Minas é o último lugar em escola integral no Sudeste".
Ao tratar do Hospital Regional de Juiz de Fora, cujas obras estão paralisadas, Kalil afirmou que Zema não colocará a casa de saúde em funcionamento. Ele chamou a promessa do governador de "mentira" e garantiu ter a palavra de Lula sobre a atenção do eventual governo federal petista à questão.
"Hospital se abre em Brasília. Não se abre hospital em estado. Principalmente quebrado", criticou.
Kalil subiu o tom contra o Regime de Recuperação Fiscal (RRF), visto pela equipe econômica de Zema como saída para refinanciar a dívida de Minas junto à União. A adesão ao plano de ajuste das contas já foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Todo o passivo público do estado gira em torno de R$ 160 bilhões.
"O Regime de Recuperação Fiscal proíbe a contratação de qualquer funcionário público, seja médico, enfermeiro ou atendente. Como se abre e põe para funcionar um hospital se no Regime de Recuperação Fiscal, que o governo (federal) impôs a Minas, não se pode contratar por nove anos?", questionou.
Kalil falou que pretende "matar a fome" da população vulnerável e, paralelamente, investir em infraestrutura. Crítico ao estado das rodovias mineiras, o ex-prefeito belo-horizontino prometeu "recuperar" a vocação industrial de Juiz de Fora, chamada de "Manchester Mineira" por causa de sua vocação industrial.
"É uma região privilegiada geograficamente. Por isso, 40% do PIB de Minas Gerais estava aqui. E foi abandonada", protestou. "Estão prometendo milagres. Foi um governo que não fez nada. Me mostrem um quebra-molas, na região toda, que o governo fez. Não tem", emendou, instantes depois.
"Temos serviços prestados e mostrados. Tentamos mostrar ao estado como tratamos a educação, a infraestrutura e a saúde da cidade, principalmente. Estamos com o presidente Lula nessa arrancada final, tenso dos dois lados. Precisamos eleger Lula no primeiro turno e ir ao segundo turno (em Minas) para mostrar o que está acontecendo", disse, ontem, em entrevista à afiliada da TV Alterosa na Zona da Mata e no Campo das Vertentes.
Em solo juiz-forano, Kalil voltou a falar sobre a amizade que Lula e ele construíram. "O povo de Minas reconhece o que Lula fez aqui, e Lula reconhece como trabalhamos com gente que precisa - com saúde e educação, principalmente", falou.
A entrevista do concorrente ao Palácio Tiradentes à afiliada da Alterosa na região de Juiz de Fora faz parte de uma estratégia para amplificar a candidatura por meio de conversas com veículos do interior. Na semana passada, por exemplo, a ida à Varginha, no Sul de Minas, teve como principal compromisso a passagem por uma emissora local.
"Não tenho o menor arrependimento de ter levantado da prefeitura da terceira maior capital do país. Fiquei muito honrado. Enriqueceu muito minha vida essa caminhada. Tenho certeza que, no dia 3, vamos para o segundo turno e debater o estado. Lula vai estar eleito no primeiro turno e, se Deus quiser, virá fazer campanha com a gente aqui. E vamos ter uma vitória retumbante em Minas", pontuou.
Kalil começou a rodar o estado em abril, ainda durante a pré-campanha, e sem que a coalizão com Lula estivesse concretizada. Depois, intensificou as viagens e, em muitas delas, esteve ladeado por lideranças locais à esquerda. Em Juiz de Fora, por exemplo, o pessedista citou, em tom elogioso, a prefeita Margarida Salomão (PT).
Outra ideia para esta reta de chegada é amplificar o nome de Kalil interior afora. Por isso, ele e o candidato a vice-governador, André Quintão (PT), têm feito viagens solo. Ontem, enquanto o líder da chapa estava em Juiz de Fora, Quintão bateu ponto em Manhuaçu, também na Zona da Mata. Hoje, em BH, o candidato do PSD vai se encontrar com mobilizadores de sua campanha e, também, da campanha de Lula.
'Calculadora' versus 'coração'
Como mostrou na quarta-feira (28/9) o Estado de Minas, o debate da TV Globo, na terça-feira, chegou a aumentar, na equipe de Kalil, a confiança em um segundo turno. O desempenho de Zema na televisão foi avaliado negativamente. Um dos interlocutores ligados ao PSD, inclusive, chegou a apontar "fragilidade" no governador.
À Alterosa da Zona da Mata, Kalil voltou a criticar o político do Novo. "Temos que trocar a calculadora da cadeira do governador por um coração. Tem de funcionar a calculadora, mas tem de ter o coração. Como impede um menino de ficar refém do tráfico? Dando escola integral a ele. Minas é o último lugar em escola integral no Sudeste".
Ao tratar do Hospital Regional de Juiz de Fora, cujas obras estão paralisadas, Kalil afirmou que Zema não colocará a casa de saúde em funcionamento. Ele chamou a promessa do governador de "mentira" e garantiu ter a palavra de Lula sobre a atenção do eventual governo federal petista à questão.
"Hospital se abre em Brasília. Não se abre hospital em estado. Principalmente quebrado", criticou.
Kalil subiu o tom contra o Regime de Recuperação Fiscal (RRF), visto pela equipe econômica de Zema como saída para refinanciar a dívida de Minas junto à União. A adesão ao plano de ajuste das contas já foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Todo o passivo público do estado gira em torno de R$ 160 bilhões.
"O Regime de Recuperação Fiscal proíbe a contratação de qualquer funcionário público, seja médico, enfermeiro ou atendente. Como se abre e põe para funcionar um hospital se no Regime de Recuperação Fiscal, que o governo (federal) impôs a Minas, não se pode contratar por nove anos?", questionou.
Kalil promete 'recuperar' a 'Manchester Mineira'
Kalil falou que pretende "matar a fome" da população vulnerável e, paralelamente, investir em infraestrutura. Crítico ao estado das rodovias mineiras, o ex-prefeito belo-horizontino prometeu "recuperar" a vocação industrial de Juiz de Fora, chamada de "Manchester Mineira" por causa de sua vocação industrial.
"É uma região privilegiada geograficamente. Por isso, 40% do PIB de Minas Gerais estava aqui. E foi abandonada", protestou. "Estão prometendo milagres. Foi um governo que não fez nada. Me mostrem um quebra-molas, na região toda, que o governo fez. Não tem", emendou, instantes depois.