"Nesses próximos dias, vai haver um alinhamento entre a escolha dos candidatos estaduais ao candidato nacional. Nesse sentido, dá para a gente dizer que Kalil vai crescer seis ou sete pontos por dia e vamos ter, aqui, um segundo turno", disse.
Segundo Reginaldo, a eleição deste ano foi nacionalizada, o que gerou preocupação excessiva com a disputa pela presidência da República. De acordo com o deputado, a tendência é que parte dos eleitores que, a esta altura, pretendem "casar" o voto entre Lula e Zema, mudem de ideia e passem a optar por Kalil em Minas.
"Quando você vai olhar para as candidaturas ao governo, as pesquisas apontam fragilidade. O voto espontâneo (quando o eleitor opina livremente sobre a disputa) está muito desvinculado do voto estimulado (quando o eleitor opina a partir de uma lista predefinida de candidatos). Isso quer dizer que o voto do governador Zema é muito frágil. O eleitor ainda não olhou, ainda, para o time. O eleitor não vai cruzar votação, mas votar no time que acredita que vai reconstruir o Brasil", pontuou.
Ontem, o Datafolha mostrou que Zema tem 50% das intenções de voto, contra 30% do Kalil. O governador oscilou para baixo dentro da margem de erro de dois pontos percentuais, pois tinha 52% no levantamento anterior do instituto. O pessedista, por sua vez, aparecia com 28% - o que representa oscilação positiva.
Como mostrou o Estado de Minas há dois dias, a pesquisa que mais animou o entorno de Kalil foi divulgada pelo Ipec na terça-feira (27). A sondagem apontou encurtamento, em seis pontos, da distância entre os candidatos de Novo e PSD.
Conforme o Ipec, Zema venceria por 45% a 34%. Na eleição presidencial, segundo o mesmo Ipec, Lula tem 49% da preferência do eleitorado em Minas, contra 31% de Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição.
Segundo Reginaldo Lopes, o viés de alta da chapa petista no estado pode impulsionar Kalil. "O resultado que Lula tem de frente para Bolsonaro garante a perspectiva do segundo turno entre Kalil e Zema, com viés crescente para a campanha de Kalil", opinou.
O otimismo por um segundo turno em Minas é propagado, também, pelo deputado estadual Agostinho Patrus, presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e coordenador da campanha de Kalil.
"Passado o momento do domingo, temos que estar mobilizados já a partir da segunda-feira para no prazo de pouco mais de vinte dias mantermos nossa atuação para uma grande vitória em 30 de outubro".
Minas pode dar vitória a Lula no 1° turno, diz petista
Confiante na vitória de Lula em 1° turno, Reginaldo Lopes classificou Minas Gerais como estado essencial para encerrar o pleito nacional já neste domingo (2/10). Ele projeta triunfo petista em Minas com margem de 2 milhões de voto sobre Bolsonaro. A vantagem, segundo o deputado, pode ser suficiente para dar forma ao resultado final.
"A eleição termina no domingo. Sempre foi assim. O desvio padrão da pesquisa de Minas com a pesquisa nacional é de, no máximo, 0,5% ou 1%. Temos a possibilidade de ter uma frente de 2 milhões de votos em Minas contra Bolsonaro. Isso daria, do ponto de vista nacional, mais de 2%. Esses 2%, em minha opinião, somando com o Brasil, dará ao presidente Lula em torno de 50% ou 52% (dos votos válidos)", explicou.
A pesquisa Ipec citada neste texto está registrada junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número MG-00909/2022. A coleta do Datafolha, por sua vez, tem o protocolo MG-09084/2022.