Depois de Neymar Jr., que declarou apoio a Jair Bolsonaro (PL) nas eleições deste ano nesta quinta-feira (29/9), foi a vez de Robinho fazer o mesmo.
Leia Mais
Bolsonaro chama aliados de Lula de 'fracotes, mimados e covardes''Mulheres são os alvos preferidos de ladrões', diz Bolsonaro sobre LulaBrasil vai às urnas com Lula como favorito para vencer BolsonaroPor que as eleições levaram artistas a um ringue jurídicoBolsonaro elogia Romeu Zema ao pedir voto para Carlos Viana em MinasMark Ruffalo e Juliette pedem apoio feminino a Lula: 'Inspirador'Os comentários da conta do jogador estão desativados desde julho deste ano, quando ele anunciou a aposentadoria, pouco mais de cinco meses após ser definitivamente condenado a 9 anos de prisão por estupro coletivo na Itália.
Robinho havia se manifestado no Instagram pela última vez em 31 de dezembro de 2021. O longo silêncio foi quebrado para o apoio a Bolsonaro.
O caso de estupro
Robinho foi condenado em 19 de janeiro deste ano pelo estupro coletivo de uma jovem albanesa dentro de um clube noturno de Milão. Segundo o depoimento da vítima e a reconstrução dos fatos, vítima de 22 anos anos estava na mesma boate que o ex-atleta e um grupo de amigos, em janeiro de 2013, e se juntou a eles após a esposa do jogador voltar para casa. Eles então teriam oferecido bebida moça até "deixá-la inconsciente e incapaz de se opor".
De acordo com o Ministério Público de Milão, o grupo levou a jovem para um camarim e, se aproveitando de seu estado de embriaguez, mantiveram "múltiplas e consecutivas relações sexuais com elas".
Outros quatro envolvidos no crime não foram rastreados pela Justiça da Itália e não puderam ser processados. Robinho foi condenado em janeiro de 2022, na última instância, a nove anos de prisão, com multa de 60 mil euros (R$ 374 mil).
Mesmo sem a publicação das motivações, o Ministério Público de Milão encaminhou, no dia 15 de fevereiro, o pedido de prisão internacional dos dois condenados - Robinho e o amigo Falco - para o Ministério da Justiça da Itália que, por sua vez, fez o pedido formal ao Brasil no dia seguinte.
No entanto, o Brasil não extradita seus cidadãos por crimes cometidos em outras nações. Com isso, a chance dos dois cumprirem a pena na Itália é mínima e só poderá ocorrer se ambos viajarem para países que tenham acordos de extradição com Roma - caso de cerca de 70 nações no mundo, incluindo os todos os 27 Estados-membros da União Europeia, Argentina, Austrália, Canadá, Estados Unidos e Reino Unido.