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Estado de Minas ENTREVISTA

'Foi de propósito', diz Lorene sobre ter sido chamada de 'Edilene' por Zema

Última convidada da série de entrevistas com candidatos ao governo de Minas do EM, candidata falou sobre o debate na Globo, mineração e combate à pobreza


30/09/2022 22:39 - atualizado 01/10/2022 07:34

Lorene Figueiredo
Lorene Figueiredo (PSOL) é historiadora, professora da UFJF e candidata ao governo de Minas Gerais (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
A dois dias das eleições, a historiadora e candidata ao governo de Minas Lorene Figueiredo (PSOL) estranha o resultado da última pesquisa Datafolha sobre a corrida presidencial em Minas.

O levantamento mostra Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que concorre à presidência, com 47% das intenções de voto no estado. O favorito do eleitorado ao Palácio Tiradentes, no entanto, não é Kalil, aliado de Lula, mas Zema - que não é oficialmente apoiado por Bolsonaro, mas tem a explícita simpatia do presidente. 

"Quem vota Lula não vota Zema. Zema é Bolsonaro", afirmou a psolista em entrevista ao Estado de Minas nesta sexta-feira (30/9). Ocasião em que também revelou que planeja se aproximar de Kalil caso haja um segundo turno. "Seguramente nós vamos conversar com ele", disse a postulante. 

Última convidada da série de entrevistas com candidatos ao governo de Minas do EM, Lorene não poupou críticas a Zema, sobretudo ao mencionar o debate com candidatos ao governo do estado promovido pela TV GLobo na última terça-feira (27/9). "Não tem política para nenhum de nós, por isso fica ressuscitando defunto", disparou a candidata, referindo-se às frequentes comparações feitas pelo novista entre sua gestão e a Fernando Pimentel, que comandou o estado entre 2015 e 2019. 

A mineração, uma das bandeiras de sua campanha, foi outro ponto da conversa, assim como o combate à pobreza. "Rico tem que pagar imposto para a gente enfrentar a fome no nosso estado".

'Edilene'

 

Um ponto chamou a atenção de quem assistiu ao último debate, realizado pela TV Globo nessa terça-feira (27/9), entre os concorrentes ao Palácio Tiradentes, Zema, ao citar a candidata do PSOL, a chamou de 'Edilene', o que causou uma estrondosa gargalhada dela. O governador se irritou com a reação da adversária.


"Ele conseguiu errar o meu nome. Acredito que de propósito para tentar nos provocar, nos irritar ou coisa assim", afirmou Lorene. E prosseguiu afirmando que a gargalhada "foi a reação possível" e, posteriormente completou, destacando que foi uma risada de deboche.

"As mulheres para ele são invisíveis. Não é a toa que nós somos o Estado campeão de tentativas de feminicídio ou consumação", apontou a candidata.

A psolista afirmou que a campanha do atual gestor não apresenta nenhuma política para a população e, por isso, ele insiste em citar o ex-governador Fernando Pimentel (PT).

"Não tem política para nenhum de nós, por isso, inclusive, que fica ressuscitando defunto. Se fosse meu aluno dizia: para de colocar a culpa no coleguinha! Já tem quatro anos que você está aqui assumindo a responsabilidade do governo", criticou Lorene Figueiredo, que é professora na Universidade Federal de Juiz de Fora.

E destacou que, apesar das críticas que o candidato do Novo faz a gestão que o Partido dos Trabalhadores no estado, o "compromisso de todos eles é tão grande com as mineradoras, que ele manteve o mesmo secretário de meio ambiente (Germano Luiz Gomes Vieira). O que mostra, no final das contas, que os interesses preservados são os dessas empresas".

Mineração

A preservação da Serra do Curral, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e a mineração no estado é outro ponto de desacordo entre a candidata e Zema. Enquanto o governador busca não se posicionar de forma peremptória sobre o tema, Lorene Figueiredo, assim como os outros candidatos se posicionam contra a exploração do patrimônio mineiro.

"Minas sempre foi um lugar de super exploração mineral. Muito pouco fica para o povo mineiro mesmo", relembrou a historiadora. Que prosseguiu "nós temos 39 barragens de alto risco em Minas Gerais. A forma como o rejeito é tratado no nosso estado é a forma mais perigosa e mais barata para as mineradoras. Isso é a expressão de uma completa falta de compromisso por parte dos gestores públicos e principalmente uma cumplicidade com os interesses das mineradoras".

A possibilidade de tombamento do pico de Belo Horizonte está sendo discutida, mas o tema tem se arrastado. Caso seja realizada, a medida pode dificultar a exploração mineral da Serra do Curral.

"Ele mentiu de forma deslavada no debate. Ele incentiva a mineração na Serra do Curral. ele dificultou e atrasou de todas as formas que ele pode o tombamento da serra", se indignou a candidata ao ser questionada sobre como ela analisava a questão.

Pobreza

Após afirmar que os empresários recebem grandes isenções fiscais e que os mais pobres receberam R$ 600 de auxílio do governo federal durante a pandemia, defendeu que a taxação de grandes fortunas pode contribuir para combater a miséria no estado.

"Nós temos hoje 4,5 milhões de mineiros na extrema pobreza. Rico tem que pagar imposto até para a gente enfrentar a fome no nosso estado e a extrema pobreza", afirmou Lorene Figueiredo.


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