Longe das câmeras e sem os cordões humanos de seguranças e dos apoiadores que vão se aglomerar para testemunhar a ida às urnas de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em São Bernardo do Campo (SP), e de Jair Bolsonaro (PL), no Rio de Janeiro (PL), um candidato à presidência do Brasil se prepara para votar, neste domingo (2/10), em uma escola pública localizada em Belo Horizonte. Único mineiro na disputa pelo Palácio do Planalto, Léo Péricles concorre pela Unidade Popular (UP), partido que ajudou a fundar.
Leia Mais
Ipec: Silveira cresce e empata com Cleitinho em MinasMoraes exalta sistema eleitoral e defende democracia sem violência Fátima Bernardes a Gusttavo Lima, veja quem declarou voto nos últimos diasEleitores brasileiros na Nova Zelândia dão vitória a LulaOntem, o presidenciável fez campanha no Barreiro, ao lado da correligionária Indira Xavier, que concorre ao governo mineiro.
Leia: Ipec: Lula tem 51% dos votos válidos; Bolsonaro, 37%
"Estamos chegando à reta final plantando sementes para que a gente tenha o primeiro presidente da República negro, trabalhador e morador de periferia do Brasil", disse Péricles.
É a primeira eleição presidencial que a UP disputa. Reconhecido pela Justiça Eleitoral em 2019, a estreia do partido nas urnas foi no ano seguinte. Em BH, por exemplo, a sigla firmou aliança com o Psol, e Péricles foi candidato a vice-prefeito na chapa liderada por Áurea Carolina.
Leia: Datafolha: Lula tem 50% dos votos válidos; Bolsonaro, 36%
Ao largo dos holofotes
Sem representação no Congresso Nacional, a UP ficou fora dos debates promovidos por emissoras de TV, estações de rádio e jornais. O partido também não tem direito a tempo no horário eleitoral. Léo Péricles passa ao largo do eleitor e, por isso, não pontuou nas pesquisas divulgadas ontem por Datafolha e Ipec.
Leia: Pesquisa Ipespe: Lula tem 49% dos votos válidos; Bolsonaro, 35%
Além da UP, outros dois partidos à esquerda apresentaram candidatura própria: o PCB, com Sofia Manzano, e o PSTU, com Vera Lúcia. Os partidos chegaram a apoiar o PT em eleições passadas, mas, agora, optam por chapas puras. O PCB, por exemplo, rompeu com o governo Lula ainda durante seu primeiro mandato.