O ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB) recebeu dezenas de agradecimentos pela vacina contra o coronavírus ao votar em um colégio próximo de sua casa, na zona sul de São Paulo.
Leia Mais
Pabllo Vittar vota em Uberlândia e posa ao lado da urnaMulher é presa por esconder título de eleitor do sobrinho, em MinasNo DF, presidente do TSE acompanha teste de integridade das urnasEleições 2022: por que pesquisas boca de urna não serão feitas?Homem é preso por destruir urna de propósito em colégio em Betim, na RMBHVotação para presidente é encerrada em 69 países
Cumprimentando e atendendo a pedidos de fotos, Doria ouviu todos que o abordaram. Entre eles, uma eleitora com boné e camiseta do Lula, candidato do PT ao Planalto, "fez questão" de apertar a mão do peessedebista para agradecer por sua atuação à frente do governo paulista durante a pandemia.
"Achei ele um cara extremamente correto. Não vi de ninguém o posicionamento que ele tomou, nem do atual presidente da República. Se ele tivesse se candidatado a governador, votaria nele ao invés do (Fernando) Haddad", afirmou Maria Guimarães Dias, 54 anos, à Folha de S.Paulo.
Eleitores também lamentaram ele não ter se candidatado nestas eleições. Doria desistiu de sua candidatura à Presidência em maio, após ficar isolado no PSDB. À Folha, ele negou um possível retorno à política. "Minha decisão é plena de permanecer no setor privado."
O ex-governador declarou apoio a Garcia, sem citar nenhum candidato à Presidência nem mesmo para um eventual segundo turno. Para ele, a polarização Lula X Bolsonaro deixou pouco espaço para o crescimento de uma candidatura de terceira via.
"Meu voto evidentemente é 45, Rodrigo Garcia. Confio que ele pode ir para o segundo turno e será reeleito. Essa é a festa da democracia. Com as pessoas abraçando felizes, sem xingamentos. Espero que outras seções eleitorais estejam na mesma condição. Democracia se faz com paz, com liberdade e com respeito a decisão de cada um", afirmou Doria.
Vencedor de duas eleições seguidas, em 2016 e 2018, Doria teve alta rejeição entre eleitores na sua pré-candidatura ao Planalto. O que o tucano creditou à ação bolsonarista nas redes sociais pela implementação das quarentenas para impedir o avanço da Covid no estado.
"São Paulo foi o primeiro que fez quarentena no Brasil e balizou todos os demais estados. Na visão bolsonarista, na visão negacionista o certo era manter tudo aberto. Teríamos tido mais de 1,5 milhão de mortes se os estados não tivessem feito a quarentena. Mas, nessa narrativa, venceu o mal e não o bem", afirmou ao deixar o local.