Jornal Estado de Minas

Política

Na bolsonarista Miami, eleitores passam horas na fila para votação


Em Miami, maior colégio brasileiro nos Estados Unidos, com 40 mil eleitores registrados, um mar de pessoas vestindo verde e amarelo lotou o local de votação, e as filas chegavam a demorar até 4 horas, segundo relatos de brasileiros.





Em 2018, o presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu 91% dos votos no segundo turno na cidade. No primeiro, teve 80%, e Miami ainda colocou João Amoêdo, do Novo (6,2%), e Ciro Gomes, do PDT (6%), à frente do então candidato petista, Fernando Haddad, que recebeu à época apenas 2,9% dos votos.


Gustavo Pimentel, 27, há dez anos na cidade, conta que levou cerca de 1 hora para conseguir votar. "E a minha fila estava andando bem rápido. As outras quase não andavam", conta ele, que reclama de desorganização no local.


Uma queixa grande dos eleitores foi que, enquanto nos pleitos anteriores as urnas estavam no centro da cidade, neste ano a seção eleitoral foi transferida para um local a 40 minutos de distância, o que causou confusão.


Na capital, Washington, as filas cresceram e passavam de 1 hora de espera no começo da tarde. Mesmo sem ser obrigada a votar, Heirenice Bond, 73, fez questão de comparecer. "Há quatro anos eu votei no Bolsonaro. Agora sou Lula, precisamos mudar esse governo péssimo", afirma ela, que vive nos Estados Unidos há 38 anos e guarda todos os comprovantes das eleições em que votou no país.


Ao todo, 183 mil brasileiros estão registrados nos EUA. Depois de Miami, Boston aparece com 37 mil eleitores registrados, e Nova York tem 28 mil.