Derrotado no primeiro turno na disputa pelo governo de Minas Gerais, Alexandre Kalil (PSD) disse, neste domingo (2/10), estar "muito triste" com o revés. Apesar disso, valorizou a quantidade de votos obtida - mais de 3,7 milhões, às 21h45, com cerca de 98% das urnas apuradas.
Após parabenizar o governador reeleito Romeu Zema (Novo), Kalil falou em descansar por "dois ou três dias", mas prometeu se empenhar para pedir votos ao aliado Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno presidencial.
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"Tinha por hábito, quando presidente do Atlético, vir ao microfone na hora de uma derrota. Comparo muito as coisas com futebol. É mais ou menos (como) ser derrotado no Mundial de Clubes. Para ser derrotado no Mundial de Clubes, você tem de ir lá disputar. Então, não tenho como estar triste. Estou muito triste pela derrota, mas não posso falar alguma coisa com mais de três milhões e meio de votos", afirmou.
Kalil quer 'aumentar vantagem' de Lula
Em Minas, também com cerca de 98% das urnas apuradas, Lula lidera contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) por 48,13% a 43,73%. Segundo Kalil, a ideia, agora, é aumentar a margem do petista no estado. Paralelamente, ele falou sobre o desejo de "passear de motocicleta".
"Ainda temos o segundo turno em Minas. Teve uma vantagem - me parece o único estado em que ele teve vantagem no Sudeste. Temos que ampliar essa vantagem, trabalhar e conversar. Vou descansar dois ou três dias, mas o presidente Lula não tem o menor compromisso comigo", falou.
Kalil garantiu ainda que não pensa em assumir um eventual cargo no governo Lula caso ele derrote Bolsonaro.
"O presidente Lula não tem o menor compromisso comigo. Nunca conversamos sobre isso. Esse é um assunto que me ofende profundamente. Não estou aqui atrás de cargo. Fui para uma aventura espetacular, sensacional. Gostei, enfrentei forças que todos sabem. Tivemos bom embate dos dois lados. Tenho, sim, um cacife político neste estado, uma liderança, que não vou jogar fora. Vou botar minha poupança e esperar o que pode acontecer", pontuou.