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Estado de Minas ELEIÇÕES 2022

Votações de Lula e Bolsonaro em Minas coincidem com os índices do Brasil

Diferença entre os percentuais do petista no país e no estado é de 0,12 ponto percentual; do lado do presidente, discrepância é de 0,38 ponto


03/10/2022 00:27 - atualizado 03/10/2022 00:43

Montagem sobre fotos de Lula e Jair Bolsonaro
Lula (esq.) e Bolsonaro (dir.) vão disputar o segundo turno da eleição presidencial (foto: MICHAEL DANTAS / AFP e SILVIO AVILA / AFP)
Classificados para o segundo turno da eleição presidencial, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) tiveram, em Minas Gerais, percentuais de votação muito semelhantes aos obtidos no plano nacional.

Segundo dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com 99,96% das urnas apuradas, Lula teve, em solo mineiro, apenas 0,12 ponto percentual a menos do que conseguiu na média do Brasil. Enquanto isso, Bolsonaro teve, no estado, 0,38 ponto a mais do que conseguiu no país.

Em Minas, Lula venceu Bolsonaro por 48,29% a 43,6%; no país, o triunfo foi por margem ligeiramente maior: 48,41% a 43,21%, com 99,93% das seções totalizadas. A similaridade entre os números confirma a percepção de que Minas Gerais é uma espécie de "síntese" do país.

A ideia, reverberada por forças políticas de lado a lado durante o período eleitoral fez com que as chapas de PT e PL investissem em atos por diversas regiões do estado ao longo dos dias de campanha.
Mesmo a votação de Simone Tebet (MDB), terceira colocada na corrida ao Palácio do Planalto, foi quase idêntica quando Minas e o Brasil são comparados. No estado, a emedebista ficou com 4,17%; no país, acabou com 4,16%.

Ganhar em Minas é ganhar no Brasil?


A coincidência entre os dados locais e nacionais vai ao encontro, ainda, da estatística que aponta a necessidade de vencer a etapa mineira da corrida presidencial para chegar ao Palácio do Planalto. Desde 1950, quando Getúlio Vargas foi eleito o chefe do governo federal, todos os ganhadores precisaram conquistar Minas Gerais.

"Todo mundo que ganha eleição, ganha em Minas. A única explicação plausível para isso é que Minas é uma espécie de microcosmos do Brasil", apontou na semana passada, ao Estado de Minas, o cientista político Carlos Ranulfo, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).


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