A polarização supera a verificada em 2006, quando o petista e Geraldo Alckmin (PSB), à época adversários, obtiveram 90,25% dos votos válidos (48,61% e 41,64%). Era, até então, a maior concentração de votos nos dois principais candidatos após a redemocratização.
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O cenário faz com que haja apenas 8,37% dos votos válidos em disputa no segundo turno. Os candidatos também podem tentar atrair os eleitores que votaram nulo (4,41% dos que compareceram) ou não foram votar (20,95% do total do eleitorado).
A distância do segundo colocado, Bolsonaro, para o terceiro é também o maior já registrado: 39,04 pontos percentuais de votos válidos de distância de Simone Tebet (MDB). Em 2006, Heloísa Helena (PSOL) ficou a 34,6 pontos percentuais de Alckmin.
O ex-governador acabou derrotado no 2º turno de 16 anos atrás por 60,83% a 39,17% dos votos válidos — o então tucano teve 2,4 milhões de votos a menos no segundo turno em relação ao primeiro.