Jornal Estado de Minas

PROPAGANDA IRREGULAR

Justiça Eleitoral apreende trabalhos escolares afixados em local de votação

 
O diretor de uma escola no centro de Divinópolis, Região Centro-Oeste de Minas, foi levado para a delegacia da Polícia Federal, neste domingo (2/10), devido a trabalhos escolares fixados em seções eleitorais. Os materiais, segundo o juiz eleitoral Marlúcio Teixeira, denegriam um dos candidatos à presidência da República.





A Polícia Militar (PM) foi acionada pelo próprio juiz. No local, havia diversos cartazes produzidos pelos alunos da Escola Estadual Joaquim Nabuco. Neles, havia dizeres ofensivos contra o candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL).
 
“Isso caracteriza propaganda irregular. É um ato ilegal”, explica o juiz.
 
O diretor da escola, de 45 anos, foi chamado até o local. Ele relatou que os cartazes faziam parte de uma atividade desenvolvida em agosto pelos alunos com base no filme “Não olhe para cima”.

“Esses cartazes, aparentemente, a primeira notícia que nos veio é que eram trabalhos escolares de alunos sem fim pejorativo. Contudo, mesmo que tivessem esses trabalhos sem fins pejorativos, no dia da eleição, no local de votação, esses cartazes, eles caracterizam a propaganda irregular para denegrir a imagem”, esclarece Teixeira. 

Todo o material foi apreendido e o diretor foi preso. Por ser um crime de menor potencial ofensivo, o diretor, como responsável da escola, deve assinar um termo de comparecimento. Não houve prisão em flagrante.
 
*Amanda Quintiliano especial para o EM