O governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), deve anunciar o apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno da eleição nacional entre esta terça-feira (4/10) e quarta (5). Nesta segunda-feira (2/10), segundo Zema, houve diálogo com o entorno de Bolsonaro para tratar do acordo.
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Um dos pontos que pesa a favor da união é o fato de 7 dos 9 deputados estaduais eleitos pela legenda do presidente terem apoiado a reeleição de Zema em detrimento à candidatura do correligionário Carlos Viana. Antes mesmo da eleição, parte do PL criticou a tentativa de Viana de emplacar sua candidatura — o palanque, contudo, foi montado porque Bolsonaro não conseguiu acordo com o Novo em Minas já no primeiro turno.
'Lulema' e 'Bolsozema'
Zema venceu a disputa estadual com 56,18% dos votos válidos, contra 35,08% de Alexandre Kalil (PSD). No plano nacional, Bolsonaro conseguiu 43,2%, ante 48,43% de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Antes da ida da população às urnas, pesquisas apontavam tendência de voto "casado" do eleitor mineiro em Zema e Lula. O governador admitiu o movimento, mas afirmou ter recebido apoio de simpatizantes do atual presidente.
"Tivemos muito esse tipo de voto (Luzema). Mas posso dizer que tivemos muito, também, o voto Bolsozema", afirmou.
Durante a entrevista, Zema voltou a criticar o antecessor Fernando Pimentel (PT), que ontem perdeu a eleição para a Câmara dos Deputados, e descartou caminhar ao lado de Lula. "Apoiar o PT, de forma alguma. O PT destruiu Minas e diversas cidades relevantes, como Uberlândia e Pouso Alegre, que tiveram gestões desastrosas".
Ontem, em Brasília (DF), Bolsonaro reforçou o desejo de ter o apoio de Zema e afirmou que os contatos por uma união já haviam sido iniciados.