Em 2022, os presidenciáveis Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PT) conseguiram vitórias nas cidades que renderam recordes aos candidatos em Minas Gerais em eleições anteriores. A vantagem de ambos, no entanto, caiu tanto em Perdigão, reduto antipetista no Centro-Oeste mineiro, como em Itacarambi, no Norte do estado.
Itacarambi deu a Lula 81,45% dos votos no primeiro turno das eleições de 2006. No segundo turno, o petista teve 88,27% das escolhas da cidade no pleito que o reelegeu à presidência. A cidade de pouco mais de 18 mil habitantes rendeu a melhor votação proporcional ao petista nas eleições em que ele saiu vitorioso.
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A votação histórica de 2006 foi apontada como fruto da boa relação entre o então prefeito da cidade, José de Paula Ferreira, e Walfrido dos Mares Guia, ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais e ministro do Turismo durante a gestão de Lula.
No outro extremo político, a cerca de 700 quilômetros de distância, está Perdigão. A cidade de cerca de 12 mil habitantes deu a vitória mais expressiva a Bolsonaro em Minas nas eleições de 2018, quando o atual presidente teve 72,13% dos votos no primeiro turno e subiu a marca para 83,39% no segundo.
A reportagem também esteve na cidade do Centro-Oeste de Minas para entender como os moradores percebiam o clima a dias das eleições de 2022. Os entrevistados se dividiram entre quem achava que Bolsonaro repetiria a dose de 2018 e quem projetava uma vitória menos significativa. O resultado das urnas mostrou uma queda tímida de cerca de 3 pontos percentuais em relação ao pleito anterior, com o atual presidente faturando 69,04% dos votos da cidade.
Desde a redemocratização, o PT sempre teve candidatos entre os dois mais votados à presidência. Foram oito eleições, já contando com a de ontem, e em nenhuma delas o candidato petista conseguiu mais votos em Perdigão.
Minas Gerais
No cômputo geral do estado, Lula venceu com 48,29% dos votos, contra 43,60% de Bolsonaro. Os percentuais similares ao do cenário nacional reforçam a ideia de Minas como um termômetro das eleições. Desde a eleição de Getúlio Vargas em 1950, só se chega à presidência tendo a maioria dos votos mineiros.
Bolsonaro, no entanto, teve resultados importantes em Minas Gerais. Além de ter ganhado em Belo Horizonte, o presidente elegeu seu candidato ao Senado, Cleitinho Azevedo (PSC), e o nome de Lula para o governo, Alexandre Kalil (PSD), perdeu no primeiro turno para Romeu Zema (Novo).
Bolsonaro, no entanto, teve resultados importantes em Minas Gerais. Além de ter ganhado em Belo Horizonte, o presidente elegeu seu candidato ao Senado, Cleitinho Azevedo (PSC), e o nome de Lula para o governo, Alexandre Kalil (PSD), perdeu no primeiro turno para Romeu Zema (Novo).