A senadora Simone Tebet (MDB) disse, nesta quarta-feira (5/10), que “o que está em jogo é muito maior do que nós", ao declarar apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que disputa segundo turno contra Jair Bolsonaro (PL).
Ao falar sobre apoio ao petista, a senadora pediu desculpas aos amigos que pediram para que ela fosse isenta. “Peço desculpas aos amigos e companheiros que imploraram pela neutralidade neste segundo turno, preocupados com a eventual perda de algum capital político, para dizer que o que está em jogo é muito maior que cada um de nós”, disse.
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Vídeo: Ex-vice da OAB Mulher incentiva boicote ao Nordeste por apoio a LulaPresidente do PDT sobre apoio a Lula: 'Não é favor, é obrigação'Lula agradece apoio de FHC: 'O Brasil precisa de diálogo e de paz'Tebet sobre encontro com Lula: 'conversa longa e sincera'“Votarei com minha razão de democrata e com minha consciência de brasileira. E a minha consciência me diz que, neste momento tão grave da nossa história, omitir-me seria trair minha trajetória de vida pública, desde quando, aos 14 anos, pedi autorização à minha mãe para ir às ruas lutar pelas Diretas Já. Seria desonrar a história de vida pública de meu pai e de homens históricos do meu partido e da minha coligação. Não anularei meu voto, não votarei em branco. Não cabe a omissão da neutralidade”, seguiu.
Para a candidata do MDB em primeiro turno, não anunciar apoio ao ex-presidente seria “trair sua trajetória".
A senadora pediu para que Lula siga cinco propostas feitas por ela.
Confira
- Educação: ajudar municípios a zerar filas na educação infantil para crianças de três a cinco anos e implantar, em parceria com os estados, o ensino médio técnico, com período integral e conectividade, garantindo uma poupança de R$ 5 mil ao jovem que concluir o ensino médio, como incentivo para que os nossos jovens voltem à escola;
- Saúde: zerar as filas de cirurgias, consultas e exames não realizados no período da pandemia, com repasse de recursos ao SUS;
- Resolver o problema do endividamento das famílias, em especial das que ganham até três salários mínimos mensais;
- Sancionar lei que iguale salários entre homens e mulheres que desempenham, com currículo equivalente, as mesmas funções. Esse projeto já foi aprovado no Senado Federal e encontra-se parado na Câmara dos Deputados;
- Um ministério plural, com homens, mulheres e negros, todos tendo como requisitos a competência, a ética e a vontade de servir ao povo brasileiro.