Jornal Estado de Minas

segundo turno

União Brasil em Minas vai apoiar Bolsonaro no segundo turno


Luiz Ribeiro

O União Brasil em Minas Gerais decidiu apoiar o presidente Jair Bolsonaro (PL) na disputa do segundo contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da  Silva (PT). O anúncio foi feito no final da tarde desta quinta-feira (6/10) ao Estado de Minas pelo presidente diretório estadual do partido, o deputado federal reeleito Delegado Marcelo Freitas.





Ele fez o anúncio após, participar na manhã desta quinta-feira, no Palácio do Alvorada, em Brasília, de encontro com Jair Bolsonaro, junto de governadores, senadores e outros deputados federais eleitos no último domingo (2/10).


Na noite de quarta-feira (5/10), a Executiva do União Brasil anunciou que os filiados e diretórios regionais da sigla estão liberados para apoiar Bolsonaro ou Lula no segundo turno.

No primeiro turno, o União Brasil lançou a candidatura da senadora Soraya Thronicke (MS), que terminou a disputa em quinto lugar, com 0,5% dos votos. Ela anunciou que não vai votar nem em Bolsonaro nem em Lula no segundo turno.

 

“O União Brasil em Minas Gerais apoiará o (presidente) Jair Messias Bolsonaro porque compreende que, entre as propostas colocadas, essa é a melhor opção para o nosso país”, afirma Marcelo Freitas.





O União Brasil não teve candidato ao governo estadual em Minas. No primeiro turno, o partido elegeu no estado três deputados federais (o próprio Freitas, Rafael Simões e Rodrigo de Castro) e três deputados estaduais (Ione Pinheiro, Arnaldo Silva e Rodrigo Lopes).

 

Marcelo Freitas disse  o diretório do seu partido em Minas vai trabalhar para que o resultado da eleição no segundo turno seja favorável a Bolsonaro, que ficou atrás de Lula no primeiro turno.

“O União Brasil vai trabalhar para reverter a votação, especialmente em Minas Gerais, onde compreendemos com clareza que é possível reverter uma quantidade considerável de votos, particularmente aqueles eleitores que votaram no Lula, no Ciro (Gomes), na Simone Tebet ou em outros candidatos (no primeiro turno)”, afirma o parlamentar.

 

“É possível converter os votos para Bolsonaro ou até mesmo reverter eleitores de Lula, especialmente junto àquelas pessoas que não compreenderam a razão da (necessidade) da manutenção dos benefícios previdenciários e assistenciais, o que será efetivado com (a reeleição do)  presidente  Bolsonaro”, declarou.





 

Ele destacou também a importância do apoio do governador Romeu Zema (Novo), que, segundo ele, será “fundamental” para mudar o resultado da eleição em Minas.  Nesse sentido, lembra que Zema foi reeleito no primeiro turno com “votação expressiva”.

 

O deputado federal reeleito que  preside o diretório  estadual do União Brasil disse que vai focar o seu trabalho no Norte de Minas, onde fica sua base eleitoral, mas  também foi a região do estado onde Lula teve maior votação frente a Bolsonaro no primeiro turno.

Ele assegurou que  vai mobilizar  os prefeitos e outras lideranças no apoio ao atual presidente no segundo turno.

 

“A nossa proposta é fazer a união dos prefeitos, entidades de classe e lideranças locais para que, de fato, a gente possa convencer as pessoas da importância de reeleger o presidente Bolsonaro”, disse.





“Nós compreendemos que  os municípios foram efetivamente atendidos, particularmente com recursos para a área de saúde nos anos de 2020 e  2021, razão pela qual o presidente Bolsonaro merece uma segunda chance”, completou.

 

Freitas informou ainda que existe uma “possibilidade  concreta” de Jair Bolsonaro, juntamente com a primeira-dama Michelle Bolsonaro, nos próximos dias, fazer uma visita ao Norte de Minas, região mineira castigada pela seca (condição parecida com a do Nordeste), a parte do estado onde Lula teve maior votação no primeiro turno.

 

O parlamentar disse que há também a possibilidade do Norte do estado receber a visita de um outro - Jair Bolsonaro ou Michelle – porque o atual presidente da República e a primeira-dama montaram a estratégia de atuar em “duas frentes”, sendo uma delas voltadas para atrair os votos das mulheres, liderada por Michelle. A estratégia visita também visitar as diferentes regiões do país no curto espaço de tempo da campanha no segundo turno.