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Estado de Minas MINAS GERAIS

Agostinho Patrus é eleito conselheiro do TCE pela ALMG

Presidente da Casa Legislativa desde 2019, o deputado concorreu como candidato único;


07/10/2022 11:03 - atualizado 07/10/2022 13:51

Imagem mostra Agostinho Patrus
O presidente da casa era o único candidato e precisava de maioria simples (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
O presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) Agostinho Patrus (PSD) foi eleito conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG), nesta sexta-feira (7/10), com 69 votos a favor e 2 em branco.

 

Agora, Agostinho precisa ser nomeado pelo governador Romeu Zema (Novo). Após a oficialização, ele tem 30 dias para tomar posse, prorrogados por outros 30.

 

"Recebo com muita alegria, mas também com muita responsabilidade. Esses 69 votos são fruto também da amizade que a gente construiu aqui, do trabalho que a gente fez e da trajetória que graças a Deus, com muito empenho,  com muita dedicação, realizei durante esses 16 anos como parlamentar", declarou.


O presidente da casa era o único candidato e precisava de maioria simples, ou seja, 39 votos dos 77 possíveis. Ao todo, 71 parlamentares estiveram presentes na eleição, de forma presencial ou de forma virtual.

Quatro parlamentares se manifestaram antes da votação, sendo que apenas um foi contrário à eleição. "Com todo respeito, o senhor não merece ocupar um cargo de contas no Estado", declarou o deputado Guilherme da Cunha (Novo). Ele alegou desconhecimento técnico por parte de Agostinho e chegou a ter o áudio cortado por extrapolar o tempo de fala permitido.

Desafio

O novo conselheiro do TCE-MG também falou sobre os desafios do novo cargo. "Nós vemos uma quantidade grande de brasileiros passando fome e recursos públicos, infelizmente, são mal utilizados. Essa vai ser a tônica do meu trabalho lá, para que o recurso público pode ser multiplicado, para aquilo que é arrecadado da população", disse.

"Lá o trabalho é diferente, fica para trás a questão política, a questão da disputa política partidária. Por isso mesmo, fiz questão de, logo após as eleições, saudar os eleitos. Deixo de levar adiante qualquer discurso político e passo a integrar a corte do Tribunal de Contas e buscar a fiscalização dos recursos públicos", reforçou Agostinho.

Balanço do mandato como presidente

O deputado estadual avaliou o seu mandato na presidência da ALMG como positivo: "Missão cumprida. Ficamos quatro anos aqui, tentamos levantar uma bandeira de fiscalização. É nossa atribuição não só legislar, mas também fiscalizar. Foi isso que nós procuramos fazer na Assembleia".

Sabatina

No mês passado, Agostinho foi sabatinado por uma Comissão Especial formada por colegas de Parlamento - à época, houve parecer favorável à ida do deputado ao TCE-MG. Já o requerimento que oficializou a candidatura, em julho, teve a assinatura de 70 deputados.

Perfil

Deputado veterano, Agostinho é presidente da Assembleia desde 2019. Ele chegou a se afastar do cargo por duas vezes, para ocupar a Secretaria de Estado de Turismo (2011-2013) e a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (2008-2010).

Antes de pleitear a vaga no TCE-MG, o presidente da ALMG tinha tratativas avançadas para ser o candidato a vice-governador na chapa de Alexandre Kalil (PSD), derrotado pelo reeleito Romeu Zema (Novo) no primeiro turno. O deputado, inclusive, se mudou do PV para o PSD a fim de facilitar a composição.

A necessidade de firmar uma aliança com o PT de Luiz Inácio Lula da Silva, contudo, fez Agostinho entregar o posto de vice ao deputado estadual petista André Quintão. 


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