Agora, Agostinho precisa ser nomeado pelo governador Romeu Zema (Novo). Após a oficialização, ele tem 30 dias para tomar posse, prorrogados por outros 30.
"Recebo com muita alegria, mas também com muita responsabilidade. Esses 69 votos são fruto também da amizade que a gente construiu aqui, do trabalho que a gente fez e da trajetória que graças a Deus, com muito empenho, com muita dedicação, realizei durante esses 16 anos como parlamentar", declarou.
O presidente da casa era o único candidato e precisava de maioria simples, ou seja, 39 votos dos 77 possíveis. Ao todo, 71 parlamentares estiveram presentes na eleição, de forma presencial ou de forma virtual.
Quatro parlamentares se manifestaram antes da votação, sendo que apenas um foi contrário à eleição. "Com todo respeito, o senhor não merece ocupar um cargo de contas no Estado", declarou o deputado Guilherme da Cunha (Novo). Ele alegou desconhecimento técnico por parte de Agostinho e chegou a ter o áudio cortado por extrapolar o tempo de fala permitido.
Desafio
Balanço do mandato como presidente
Sabatina
No mês passado, Agostinho foi sabatinado por uma Comissão Especial formada por colegas de Parlamento - à época, houve parecer favorável à ida do deputado ao TCE-MG. Já o requerimento que oficializou a candidatura, em julho, teve a assinatura de 70 deputados.Perfil
Deputado veterano, Agostinho é presidente da Assembleia desde 2019. Ele chegou a se afastar do cargo por duas vezes, para ocupar a Secretaria de Estado de Turismo (2011-2013) e a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (2008-2010).Antes de pleitear a vaga no TCE-MG, o presidente da ALMG tinha tratativas avançadas para ser o candidato a vice-governador na chapa de Alexandre Kalil (PSD), derrotado pelo reeleito Romeu Zema (Novo) no primeiro turno. O deputado, inclusive, se mudou do PV para o PSD a fim de facilitar a composição.