Por Vinícius Prates
O candidato ao governo do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), optou por não revelar seu voto presidencial para o segundo turno. Segundo Leite, nem o presidente Jair Bolsonaro (PL) nem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) irão resolver os problemas do Rio Grande do Sul. A declaração foi dada durante a manifestação de Leite sobre a disputa nacional, na manhã desta sexta-feira (7/10).
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"Na eleição nacional, como cidadão eu terei meu lado expresso no meu voto. E eu vou trabalhar para que os gaúchos e gaúchas participem e não se abstenham, possam ir às urnas, dar cada um o seu voto, de acordo com o que esperam para o futuro do Brasil, e eu serei mais um deles", completou.
Leite disse que não se trata de ficar em cima do muro, mas que não há necessidade de revelar o seu voto, pois não quer "contaminar o debate político" do Rio Grande do Sul com os candidatos à Presidência.
"Não vou abrir meu voto para presidente para não contaminar o debate e não deixar que se discuta apenas o Brasil e não o Rio Grande, que é onde todos nós vivemos, onde todos nós viveremos nos próximos quatro anos. Porque nessa eleição, na nossa eleição, o meu lado, só pode ser um lado, o lado do Rio Grande, esse é o meu lado", declarou o candidato.
Eduardo Leite também reforçou que não tem pretensão de escolher um dos lados da polarização. Durante a coletiva, ele ressaltou que durante seu mandato governou com secretários do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, e do PSDB, antigo partido do Geraldo Alckmin que compõe a chapa Lula-Alckmin.
"E que fique muito claro, não se trata de ficar em cima do muro, muito pelo contrário, se trata de não permitir que se ergam muros para dividir gaúchos de uns e gaúchos de outro", disse.
"É claro, que como cidadão darei meu voto com a minha consciência, não é esse voto que me define, não é esse voto que define o meu governo, nosso governo aqui do Rio Grande, nem mesmo aqueles que votam em mim", completou.
Para Leite, os seus eleitores não votaram nele por ser "Lula ou Bolsonaro", mas por acreditar que ele pode "fazer diferente". "Nem o Lula nem o Bolsonaro vão vir aqui resolver nossos problemas. Por isso que eu vou continuar no lado que eu sempre estive, no centro, fora da polarização, ao lado do diálogo, do bom senso, do respeito às diferenças", pontuou o candidato.