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Estado de Minas Política

Lula levará à TV promessa de isenção do IR até faixa de R$ 3.000

Economista Guilherme Mello afirma que, em caso de eleição de Lula, a correção da tabela seria implementada dentro de uma proposta de reforma tributária


07/10/2022 22:45 - atualizado 08/10/2022 00:23

Lula
Lula está em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República, à frente de Jair Bolsonaro (PL) (foto: Reprodução)
 

 

Catia Seabra - FOLHAPRESS

 

Em um aceno à classe média, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) levará na semana que vem ao programa eleitoral promessa de ampliar para R$ 3.000 a faixa de isenção do Imposto de Renda. Hoje a faixa de isenção é de até R$ 1.903,98.

 

A tabela do IR não é reajustada desde 2015. Segundo cálculo da equipe de Lula, a inflação acumulada no período é de cerca de 50%.

 

Um dos integrantes da comissão de redação do programa de governo do petista, o economista Guilherme Mello afirma que, em caso de eleição de Lula, a correção da tabela seria implementada dentro de uma proposta de reforma tributária.

 

A perda de arrecadação provocada pelo reajuste da tabela do IR, diz, seria parcialmente compensada pela tributação sobre distribuição de lucros e dividendos, além de outras medidas como combate à sonegação.

 

"A perda vai ser compensada na tributação dos mais ricos", afirmou o economista.

 

Segundo Mello, a incidência de um tributo sobre lucros e dividendos se daria de forma progressiva, a exemplo do que ocorre com o próprio Imposto de Renda. Ainda não se sabe de que forma seria essa atualização da tabela.

 

"A correção na tabela desoneraria trabalhador e classe média, o que não aconteceu nos últimos sete anos", disse Mello.

 

Lula está em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República, à frente de Jair Bolsonaro (PL).

 

Na largada da disputa do segundo turno da disputa presidencial deste ano, o petista marca 49% da intenção de votos aferida pelo Datafolha em sua primeira pesquisa desta etapa da corrida. Se a eleição fosse hoje, 44% dizem votar no atual presidente.

 

Os indecisos são 2%, e brancos e nulos somam 6%. A pesquisa é um retrato do momento e não necessariamente reflete a votação que os candidatos terão.


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