Jornal Estado de Minas

ELEIÇÕES 2022

Se eleito, Lula quer conversar com Zema sobre hospital de Divinópolis

Ígor Passarini, Matheus Muratori e Natasha Werneck
 
Candidato à presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ressaltou, em passagem por Belo Horizonte, neste domingo (9/10), que quer conversar com o governador Romeu Zema (Novo), caso eleito. Segundo ele, o hospital regional de Divinópolis é uma prioridade a ser tratada em seu governo e será negociada com o atual chefe do Executivo estadual, reeleito em 1° turno.





De acordo com Lula, ele se encontrou com o ex-prefeito da cidade, Demétrius Pereira, que o agradeceu por ter criado a faculdade de medicina naquela região. O petista ressaltou que ele ainda explicou sobre a necessidade agora de um hospital escola.

O candidato apontou que há uma obra parada na cidade e que pode ser utilizada neste sentido. “É engraçado que tem um hospital regional sendo feito lá na cidade que está com as obras dele paralisadas. Eu não conheço o governador Zema, não conheço, mas sei que ele foi eleito governador do estado no primeiro turno. Se eu for eleito presidente da República, ou ele vai conversar comigo em Brasília, ou eu venho para Belo Horizonte conversar com ele, porque a gente vai acabar esse hospital escola e fazer ele prestar serviço à comunidade da região de Divinópolis. Não podemos deixar, num país que precisa saúde, hospital parado”, disse Lula.

Ele ainda ressaltou que o diálogo ocorrerá independentemente de partido ou apoio – já que Zema declarou voto em Jair Bolsonaro (PL). “Durante o processo eleitoral, eu cansei de dizer que quando você é chefe de Estado, você não faz distinção na relação com os entes federados. Não quero saber de que partido é o governador ou prefeito. Se ele foi eleito, merece ser tratado com dignidade, respeito e decência em qualquer lugar do país. Foi assim que eu tratei prefeitos e governadores durante oito anos. A minha relação com o Aécio (Neves) sempre foi uma relação altamente produtiva”, apontou.




Lula em BH

Lula participou de um ato em cima de uma caminhonete, a partir da Praça da Liberdade, na Savassi, e que terminou na Praça Tiradentes, na Região Centro-Sul da cidade. 
 
O ato faz parte de uma estratégia adotada pela campanha petista adotada na reta final do primeiro turno, ampliando o corpo a corpo com o eleitorado.

Lula terminou à frente no primeiro turno, com 48,43% dos votos válidos no último domingo (2/10). Jair Bolsonaro (PL) teve 43,2%.

O presidente também ficou atrás do petista em Minas Gerais, com 43,6% dos votos. Lula recebeu 48,29%. Em BH, contudo, Bolsonaro pontuou 46,6%, contra 42,53% do ex-presidente.

Minas é o segundo maior colégio eleitoral do Brasil. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foram 12.655.228 eleitores no primeiro turno, atrás somente de São Paulo - com 27.189.714 votos. O segundo turno ocorre em 30 de outubro.